Madeira admite aligeirar medidas depois da Festa da Flor

16 de Setembro 2021

A Madeira vai ponderar aligeirar as medidas restritivas de combate à covid-19 apenas depois da Festa da Flor, que decorre entre 01 e 24 de outubro, em conjugação com a Festa do Vinho, afirmou hoje o presidente do Governo Regional.

“Eu quero fazer a reabertura, ou seja, voltar um pouco à normalidade, porque a normalidade absoluta nunca vai ter, pelo menos nos próximos tempos, com a Festa da Flor”, declarou Miguel Albuquerque aos jornalistas, no decorrer de uma visita que efetuou à Escola do Galeão, na freguesia de São Roque, no Funchal.

O executivo madeirense investiu neste estabelecimento de ensino cerca de 400 mil euros na cobertura do polidesportivo e no piso, “aproveitando o período de férias para realizar as obras e dotar de condições para o exercício de atividades turísticas e outras”, explicou o governante.

Questionado sobre as perspetivas de abertura em relação às medidas em vigor, respondeu: “Deixe-me chegar os 85% [de pessoas vacinadas] e se tivermos depois os números e a constância dos números da infeção vamos tomar algumas decisões”.

O chefe do Governo madeirense, de coligação PSD/CDS, sublinhou que “neste momento está tudo a funcionar” na Madeira, defendendo que “não vale a pena” as autoridades regionais se “precipitarem” nesta matéria.

Miguel Albuquerque enfatizou que quando a Madeira atingir os 85% dos residentes vacinados, o Governo Regional “vai tomar algumas medidas menos restritivas”, complementando ser preciso “acompanhar sempre o número de casos”.

“Não tenho tido muitas queixas dos empresários” relacionadas com as medidas em vigor na Madeira, adiantando muitos empresários da área da restauração “são a favoráveis à contenção existente e limitação dos horários”.

O líder madeirense argumentou que “a partir de uma determinada hora toda a gente sabe que se mantiver os estabelecimentos abertos não compensa, nem empresários, nem os próprios utentes, e o que tem é bebedeiras e barulho”.

Falando sobre a relutância de “algumas pessoas” em relação à vacinação, admitiu que esta pode dificultar o objetivo de ter 85% da população vacinada.

“Vamos ter de convencer essas pessoas. Não podemos obrigar. Vai ser complicado”, sublinhou, enfatizando que a vacina é “a proteção mais eficaz”, pois permite “criar anticorpos e é decisiva para a preservação de integridade física”.

Em 26 de agosto, o conselho do Governo da Madeira decidiu prolongar a situação de calamidade até 30 de setembro, mas reduziu uma hora no período de recolher obrigatório, que passou a vigorar entre as 02:00 e as 05:00.

Os espaços comerciais, que encerravam às 00:00, ficaram também autorizados a funcionar até à 01:00.

O executivo manteve em vigor todas as medidas sanitárias de controlo da covid-19, nomeadamente o uso de máscara e o distanciamento físico, os testes PCR para os viajantes que cheguem à região via aérea, caso não disponham de certificado de vacinação ou um teste realizado até 72 horas com resultado negativo.

A calamidade é o mais alto de três níveis de intervenção previstos na Lei de Bases da Proteção Civil, acima da contingência e do alerta.

De acordo com os dados divulgados na quarta-feira pela Direção Regional de Saúde (DRS), a Madeira registou nesse dia 12 novos casos de covid-19, 15 recuperações. Estão com infeção ativa 157 pessoas e cinco doentes estão hospitalizados.

A covid-19 provocou pelo menos 4.646.416 mortes em todo o mundo, entre mais de 225,72 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.882 pessoas e foram contabilizados 1.058.347 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

LUSA/HN

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