Variante Delta volta a ser responsável por 100% das infeções

21 de Setembro 2021

A variante Delta do vírus SARS-CoV-2 voltou a ser responsável por todos os casos de infeção registados em Portugal, depois de a Gamma ter registado uma prevalência de 0,4% na semana anterior, anunciou esta terça-feira o INSA.

O relatório semanal da diversidade genética do novo coronavírus do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indica que a variante Delta, originária da Índia e considerada mais transmissível, apresenta uma “frequência relativa de 100% na semana de 06 a 12 de setembro em todas as regiões” do país.

Segundo o documento, do total de sequências analisadas desta variante até à data, 66 apresentaram uma mutação adicional na proteína `spike´, uma sublinhagem conhecida por ‘Delta Plus’, mas não foram registados casos nas últimas semanas.

Relativamente à variante Gamma, associada ao Brasil, após três semanas sem ser detetada nas amostragens analisadas, foram registados dois casos não relacionados nas regiões do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo na semana entre 30 de agosto e 05 de setembro, não tendo sido identificada na semana posterior.

A variante Alpha, originária do Reino Unido e que chegou a ser a prevalente em Portugal, deixou de estar em circulação nas últimas cinco semanas, referem ainda os dados do INSA.

A Delta, a Gamma, a Beta e a Alpha estão classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como variantes de preocupação (VOC – Variant of Concern), por poderem ser mais transmissíveis, causar maior gravidade de doença ou possuírem características que permitem a evasão ao sistema imunitário, com potencial redução da eficácia das vacinas.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, tem sido analisada uma média de 552 sequências semanais desde o início de junho, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios dos 18 distritos de Portugal continental e dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 128 concelhos por semana.

Em junho, o instituto anunciou um reforço da vigilância das variantes do vírus que causa Covid-19 em circulação em Portugal, através da sua monitorização em contínuo.

Segundo o INSA, esta estratégia permitiu uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados são analisados continuamente, deixando de existir intervalos de tempo entre análises, que eram dedicados, essencialmente, a estudos específicos de caracterização genética solicitados pela saúde pública.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

DE-SNS mantém silêncio perante ultimato da ministra

Após o Jornal Expresso ter noticiado que Ana Paula Martins deu 60 dias à Direção Executiva do SNS (DE-SNS) para entregar um relatório sobre as mudanças em curso, o HealthNews esclareceu junto do Ministério da Saúde algumas dúvidas sobre o despacho emitido esta semana. A Direção Executiva, para já, não faz comentários.

FNAM lança aviso a tutela: “Não queremos jogos de bastidores nem negociatas obscuras”

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse esta sexta-feira esperar que, na próxima reunião com o Ministério da Saúde, “haja abertura para celebrar um protocolo negocial”. Em declarações ao HealthNews, Joana Bordalo e Sá deixou um alerta à ministra: ” Não queremos jogos de bastidores na mesa negocial. Não queremos negociatas obscuras.”

SNE saúda pedido de relatório sobre mudanças implementadas na Saúde

O Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) afirmou, esta sexta-feira, que vê com “bons olhos” o despacho, emitido pela ministra da Saúde, que solicita à Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) um relatório do estado atual das mudanças implementadas desde o início de atividade da entidade.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights