CDC dos EUA recomendam reforço da vacinação para idosos e mais vulneráveis

24 de Setembro 2021

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aprovaram o reforço de vacinas contra a Covid-19 para norte-americanos com mais de 65 anos e pessoas vulneráveis, incluindo profissionais de saúde.

A diretora dos CDC, a principal agência federal de saúde pública do país, Rochelle Walensky, aprovou na quinta-feira uma série de recomendações de um painel de peritos, incluindo a proposta de disponibilizar uma terceira dose da vacina para pessoas com 65 ou mais anos, residentes em lares de idosos e pessoas entre os 50 e os 64 anos com problemas de saúde subjacentes.

A dose extra poderá ser dada decorridos pelo menos seis meses desde a administração da última dose da vacina.

A responsável dos CDC decidiu ainda incluir uma recomendação que o painel de peritos tinha rejeitado, apoiando igualmente o reforço da vacinação para pessoas entre os 18 e os 64 anos que trabalhem no setor de saúde ou em setores que aumentem o risco de contrair a doença.

O comité de peritos dos CDC tinha votado contra a inclusão desta categoria, com nove votos contra e seis a favor, sublinhando a falta de dados disponíveis e o facto de a inoculação com duas doses continuar a ser eficaz para prevenir o internamento hospitalar.

Os peritos concordaram, no entanto, que a eficácia da vacina diminui significativamente com o tempo nos idosos.

Segundo a agência Associated Press (AP), a diretora dos CDC apontou que o alargamento das diretrizes vai de encontro às recomendações emitidas pela Agência de Alimentos e Fármacos (FDA, em inglês).

Na quarta-feira, o organismo que regula a comercialização de medicamentos nos Estados Unidos autorizou uma terceira dose de vacina Pfizer para pessoas com mais de 65 anos, idosos em risco de saúde ou pessoas especialmente expostas à Covid-19.

O grupo de pessoas em risco inclui trabalhadores da saúde, professores, prestadores de cuidados, empregados de supermercado, sem-abrigo e prisioneiros, explicou então a FDA.

A decisão da FDA difere do que foi anunciado pela administração de Joe Biden: esta última tinha assegurado que seria lançada uma vasta campanha de vacinas Pfizer e Moderna a partir da semana de 20 de setembro, para todos os norte-americanos, oito meses após a segunda injeção.

Esta é uma medida que a Organização Mundial de Saúde (OMS) desaprovou em várias ocasiões, denunciando as desigualdades na vacinação entre países ricos e pobres.

Segundo a OMS, seria simultaneamente mais ético e mais pragmático do ponto de vista da saúde pública vacinar primeiro o maior número possível de pessoas.

Cerca de 13 milhões de pessoas com 65 anos ou mais foram vacinadas há mais de seis meses com a Pfizer nos EUA, e são portanto elegíveis para receber doses de reforço da vacina.

LUSA/HN

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