O volume de cancelamentos da Southwest Airlines (SWA), relatado pelo ‘website’ da FlightAware, contrasta com os números baixos de cancelamentos por outras companhias aéreas domésticas e acontece num momento de particular tensão entre a administração da empresa e o sindicato que representa os seus pilotos sobre a recente ordem de vacinação contra a Covid-19.
“Problemas de controlo do tráfego aéreo e as condições meteorológicas perturbadoras levaram a um elevado volume de cancelamentos durante o fim-de-semana”, mas estamos a “trabalhar para recuperar as nossas operações”, anunciou a companhia aérea através da rede social Twitter este sábado, dia em que cancelou cerca de 800 voos.
No domingo, porém, a companhia cancelou mais mil voos, perturbando as viagens de muitos clientes antes do feriado do Dia de Colombo – esta segunda-feira – e forçaram o regulador do espaço aéreo norte-americano a tomar medidas.
A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos procurou demarcar-se dos problemas da empresa através de uma mensagem no Twitter: “Algumas companhias aéreas continuam a ter problemas de programação porque os seus aviões e trabalhadores estão noutro sítio”.
“Não há notícia de escassez de trabalhadores de tráfego aéreo na FAA desde sexta-feira. Houve atrasos e cancelamentos de voos com algumas horas de atraso na sexta-feira, devido ao mau tempo generalizado, e a um treino militar e restrições de pessoal” em Jacksonville, Florida, acrescentou o regulador norte-americano.
Já o sindicato de pilotos da companhia (SWAPA, na sigla em inglês) afirmou ter ouvido falar de “dificuldades operacionais” do sudoeste devido a “várias questões” e negou que os seus membros tivessem participado em “ações oficiais ou não oficiais”.
“Os nossos pilotos continuarão a superar o planeamento deficiente dos gestores da SWA e quaisquer desafios externos impostos às operações”, declarou o sindicato, que representa dez mil pilotos, num comunicado divulgado este sábado.
A Southwest Airlines deu indicações esta semana aos seus empregados para se vacinarem o mais rapidamente possível, na sequência da diretiva federal do governo dos Estados Unidos, que o sindicato dos pilotos recusou assinar, alegando ter tomado “medidas unilaterais”, incluindo a exigência de vacinação.
A companhia aérea, uma das maiores do país, já foi protagonista de um elevado volume de cancelamentos em junho e julho, e anunciou que irá programar menos voos para a temporada de outono.
LUSA/HN
0 Comments