Distrito do Porto regista “ligeiro aumento da criminalidade geral” em 2021

11 de Outubro 2021

Nos três primeiros trimestres de 2021 registou-se, na área de ação do Comando Territorial do Porto (CTP) da GNR, um “ligeiro aumento da criminalidade geral”, mas com “diminuição acentuada dos crimes contra o património”, segundo dados esta segunda-feira revelados.

A discursar na cerimónia de transferência de comando, o agora ex-comandante do CTP, João Fonseca, salientou a “tendência de descida” do crime de violência doméstica em todos os indicadores e “com consequências menos gravosas para as vítimas”.

“A excelência da relação entre as Autoridades Judiciárias e os militares de Guarda, em particular com o Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE), tem permitido sinalizar, diagnosticar e atuar de forma tempestiva, como parece comprovar o aumento significativo de armas apreendidas, com consequente diminuição do riscos para as vítimas”, apontou.

Nos três primeiros trimestre de 2021, adiantou João Fonseca, aquele comando territorial registou um “ligeiro aumento da sinistralidade rodoviária”, mas com “consequências menos gravosas”.

Houve ainda uma “diminuição do número de ignições, uma diminuição da área ardida em cerca de 50% e um incremento substancial da capacidade de investigação das causas” de incêndios.

Quanto a 2020, João Fonseca revelou a existência de 91.837 ações de patrulhamento e que foram percorridos mais de quatro milhões de quilómetros, tendo sido realizadas 5.646 ações, para um público alvo de 35.385 pessoas, atinente às Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário.

No âmbito da atividade criminal foram registados 19.980 crimes e feitas 2.901 detenções.

“Condicionado pela pandemia e pelos vários confinamentos decretados, o exercício da nossa atividade, em 2020, foi realizado num contexto particularmente difícil, mas revelou-se extremamente preponderante, não apenas pela fiscalização intensiva da normas mas também pelo apoio prestado ais estratos da população mais desprotegida”, destacou João Fonseca.

Já à margem da cerimónia, o novo comandante do Comando Territorial do Porto, coronel Manuel Afonso, prometeu “proximidade e rigor” no exercício das funções que hoje iniciou.

“É objetivo principal, como já tem sido habito e apanágio da GNR, estar próximo das pessoas. É aquilo que nós, e eu, pretendemos aqui de todo o efetivo do Comando Territorial do Porto”, disse, em declarações aos jornalistas no final da cerimónia.

Sem apontar quais, o responsável admitiu a existência de dificuldades: “É óbvio que elas existem e estamos cá para as enfrentar”, disse.

O Comando Territorial do Porto atua em 17 dos 18 concelhos do distrito, nove em situação de exclusividade e oito partilhados com a PSP, dispondo de seis destacamentos territoriais, dois destacamentos de trânsito, um destacamento de intervenção, 31 postos territoriais, um posto de transito e um posto fiscal.

No total, engloba 1.600 militares e civis, 500 viaturas e 67 infraestruturas entre quartéis, casas de função e casas de guarnição, atuando numa área de 2.093 quilómetros quadrados, “garantindo a segurança e o apoio” de 3,5 milhões de pessoas, 900 mil das quais residentes.

LUSA/HN

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