Segundo hospital público de Macau vai ser gerido por instituição de Pequim

27 de Outubro 2021

As autoridades de Macau anunciaram esta quarta-feira que o Peking Union Medical College Hospital vai gerir o futuro hospital público das ilhas, que deverá entrar em funcionamento em 2023.

Esta entidade, com uma história de mais de 100 anos na China, vai ser responsável “pela gestão e prestação de serviços” do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, disse o coordenador do grupo de trabalho para a instalação do complexo, Lei Chin Ion, em conferência de imprensa.

O Peking Union Medical College Hospital (PUMCH, Hospital da Faculdade de Medicina da União de Pequim) foi escolhido por ser uma “instituição médica de excelência, sem fins lucrativos, ser indicado pela Comissão de Saúde da China e ter políticas de saúde adequadas a Macau”, salientou o antigo diretor dos Serviços de Saúde de Macau.

“A cooperação não é comercial, não terá fins lucrativos”, o PUMCH “não vai receber qualquer remuneração, nem dividir lucros, que serão totalmente usados para o serviço médico”, indicou.

Macau “só vai pagar os salários dos profissionais de saúde enviados” pelo PUMCH, explicou.

Além da melhoria do nível de cuidados médicos, da contribuição para a formação dos profissionais de saúde locais, as autoridades de Macau pretendem, com esta parceria, promover o desenvolvimento do Turismo de Saúde, através da criação de uma marca para atrair turistas da Grande Baía, Sudeste Asiático e outras regiões.

Com uma área bruta de construção de 420 mil metros quadrados, sete edifícios e cerca de 1.100 camas, a construção do futuro hospital deverá estar concluída no quarto trimestre do próximo ano, prevendo as autoridades “uma entrada gradual em funcionamento em 2023”.

Hospital de referência para a comunidade diplomática e estrangeiros na capital chinesa, o PUMCH foi fundado em 1921 pela Fundação Rockfeller dos Estados Unidos e conhecido como o hospital Johns Hopkins do Oriente, é um hospital geral público de grande escala, integrando a prestação de serviços médicos, o ensino e a investigação.

Considerado “o berço da medicina moderna da China”, o PUMC tinha, em 2019, mais de duas mil camas, prestou 3.763 milhões de consultas externas, efetuou 53.900 cirurgias e operava 27 centros multidisciplinares de junta médica para diagnóstico e tratamento de doenças complexas e raras.

O projeto do segundo hospital público da região administrativa especial chinesa, cuja conclusão da primeira fase chegou a estar prevista para 2015, vai ser construído na zona do Cotai, entre as ilhas da Taipa e de Coloane. O outro hospital público do território é o Centro Hospitalar Conde de São Januário, situado na península de Macau.

LUSA/HN

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