AHRESP pede mais apoios ao turismo e restauração porque “esmagadora maioria” acabou

28 de Outubro 2021

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pediu esta quinta-feira ao Governo mais apoios ao setor do turismo, restauração e similares, para fazer face à crise pandémica, uma vez que a “esmagadora maioria” das medidas já terminou.

“Nesta fase de início da recuperação da atividade, que coincide com a típica época baixa do setor, a esmagadora maioria das medidas de apoio já foi retirada”, começa por apontar a associação, no seu boletim diário.

Neste contexto, “a AHRESP apela para que o Governo continue a apoiar as empresas do alojamento turístico, restauração e similares, para que possam aguentar os meses que se avizinham e estar disponíveis para dar resposta à retoma da atividade turística, que se espera poder acontecer entre o segundo e terceiro trimestre de 2022”, acrescentou.

A associação tem vindo a alertar para que “a retirada prematura dos apoios” pode pôr em causa os esforços feitos nos últimos meses para apoiar as empresas do setor, um dos mais afetados pelos efeitos da pandemia de Covid-19 na economia, uma vez que as empresas “ainda não estão preparadas para fazer face a todas as suas obrigações financeiras”.

Adicionalmente, a AHRESP sublinha que, apesar dos apoios financeiros disponibilizados às empresas turísticas, “foram muitas as dificuldades” que condicionaram “o acesso, a candidatura e o pagamento dos fundos”.

No que diz respeito ao programa Apoiar Rendas, cujas candidaturas decorreram entre fevereiro e abril, a associação reporta “atrasos de vários meses” na chegada da tranche do apoio.

Também a medida Adaptar Turismo, um mecanismo de apoio ao investimento criado pelo Turismo de Portugal, viu a sua dotação orçamental esgotar em menos de 48 horas após a abertura de receção de candidaturas, deixando, segundo a AHRESP, “imensas empresas” de fora.

“O pagamento tardio dos apoios e a exigência de requisitos como capitais próprios positivos, quebras de faturação impossíveis de atingir em empresas recentes ou impossibilidade de cumular linhas de apoio limitaram de forma significativa o alcance das medidas e o impacto na atividade das empresas”, rematou a associação.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

SPMI diz que SNS “parece estar a desmoronar-se”

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) alertou esta segunda-feira para a crise do Serviço Nacional de Saúde. A SPMI  volta a promover o Mês da Medicina Interna, em dezembro.

Carlos Cortes defende que SNS tem de continuar a formar médicos

O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu esta segunda-feira em Setúbal que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem a obrigação de continuar a formar médicos, mesmo que muitos deles continuem a sair, a custo zero, para o setor privado. 

IL critica “cegueira ideológica” da geringonça na saúde

O presidente da IL, Rui Rocha, responsabilizou esta segunda-feira a “cegueira ideológica” da geringonça pelo estado do SNS, a poucos metros do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que insistiu na valorização das carreiras dos médicos.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights