Brasil regista mais 433 mortos e 17.184 infeções em 24 horas

28 de Outubro 2021

O Brasil contabilizou 433 mortos e 17.184 infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, informaram fontes oficiais, 20 meses após o registo oficial do primeiro caso no país.

No total, o Brasil concentra 606.679 óbitos e 21.766.168 diagnósticos positivos de Covid-19, num momento em que vários indicadores da pandemia estão em queda no país lusófono, com 213 milhões de habitantes.

Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, que fornece os dados da pandemia ao Ministério da Saúde brasileiro, a taxa de incidência da doença no Brasil é de 289 mortes e 10.358 casos por 100 mil habitantes.

Já as médias diárias de óbitos e de infeções ficaram em 350 e 12.240, respetivamente.

Em números absolutos, o Brasil continua a ser o segundo país com mais mortes em todo o mundo, superado pelos Estados Unidos, e o terceiro com mais infeções, depois dos norte-americanos e da Índia.

O Estado de São Paulo permanece como o foco interno da pandemia, ao totalizar 4.402.566 diagnósticos positivos de SARS-CoV-2 e 151.682 óbitos.

Segundo o executivo federal, 154,1 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das vacinas contra a doença e 117,3 milhões completaram o esquema vacinal.

Num momento em que a pandemia está em queda no país, as medidas restritivas são cada vez menos em todo o país, como em Brasília e Rio de Janeiro, que decretaram o fim da obrigação de uso de máscaras em espaços ao ar livre.

A medida adotada pela prefeitura do Rio de Janeiro foi aplaudida pela população em geral, mas especialistas consideram-na uma ação ainda prematura.

“Embora o município do Rio de Janeiro tenha pouco mais de 65% de sua população vacinada, não podemos garantir que seja um número grande o suficiente para bloquear a circulação do vírus”, afirmou Rafael Guimarães, investigador do Observatório da Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O especialista reconhece a redução substancial de casos graves e fatais de Covid-19 na cidade graças à vacinação, mas qualificou a decisão como errada, já que o vírus só será controlado quando 80% da população estiver imunizada.

Guimarães destacou que o novo coronavírus não será controlado apenas com a imunização e precisa do acompanhamento constante de medidas como o uso de máscaras para contê-lo, e lembrou o caso da Inglaterra, que, com menos de 60% de sua população vacinada, se despediu das máscaras em julho passado e agora regista um novo pico de infeções, com uma média próxima a 45 mil casos positivos diários.

O Rio de Janeiro, uma das cidades mais icónicas do Brasil, espera que até novembro todos os maiores de 12 anos estejam totalmente vacinados na cidade, de forma a garantir a realização do “Réveillon”, a tradicional festa de final de ano, e abrir assim caminho para o carnaval de 2022 e reativar o turismo, principal fonte de receita da cidade.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.960.994 mortes em todo o mundo, entre mais de 244,46 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

LUSA/HN

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