GAM Porto da Portugal AVC pela primeira vez no CONSANAS

29 de Outubro 2021

O GAM Porto (Grupo de Ajuda Mútua de Sobreviventes de AVC), da Portugal AVC, encontra-se esta sexta-feira, pelas 17h, no CONSANAS, um centro especializado em reabilitação intensiva sediado no Hospital da Prelada.

O GAM Porto é uma iniciativa gratuita, sem compromissos e aberta a todos os que quiserem participar. Hoje, Dia Mundial do AVC, o grupo realiza, no CONSANAS, a primeira das reuniões a decorrer na última sexta-feira de cada mês.

Esta primeira reunião, que contará com a participação de sobreviventes de AVC e do presidente da Portugal AVC, António Conceição, será dinamizada por dois elementos da equipa clínica do CONSANAS HP: a enfermeira chefe Cristina Carvalho e a neuropsicóloga Janina Fontoura.

“Os GAMs de sobreviventes de AVC” (podem também existir de familiares/cuidadores) “contribuem para a plena integração social dos sobreviventes de AVC, tentando, igualmente, ser um espaço de diálogo aberto entre iguais, que pode ajudar a suavizar os problemas, e mesmo proporcionar mudanças pessoais e/ou sociais aos participantes”, de acordo com o comunicado enviado às redações.

Maria Ribeiro, sobrevivente de AVC que realizou a sua reabilitação no CONSANAS HP e esteve três meses internada, recorda que, além da sua fé e força de vontade, contribuiu para a sua recuperação o carinho, apoio, motivação e esforço de toda a equipa. “Com o tempo fui recuperando e regressei à minha vida normal. Desejo a todos aqueles que sofram do mesmo que nunca percam a esperança e tenham muita força e acredito que o GAM possa ser uma mais valia nesse sentido.”

Fátima Mendonça e o seu marido recorreram aos GAMs com regularidade; uma experiência que foi benéfica para os dois, cuidadora e sobrevivente, por “vários motivos”. O grupo foi importante, sobretudo, para quebrar “o isolamento social, tão comum em pessoas que se sentem diminuídas nas suas capacidades, e nos seus familiares e/ou cuidadores”. “Não cometa o erro de se isolar, venha assistir a um GAM, mas não desista à primeira”, aconselha a cuidadora.

Os GAMs realizam-se em vários pontos do país e a sua regularidade é muito importante para os sobreviventes de AVC. O sobrevivente António Conceição apercebeu-se de que “são sempre muito mais as qualidades que conservamos, ainda que algumas, em consequência do AVC, eventualmente, tenham que ser diferentes”.

Segundo o presidente da Portugal AVC, “os GAMs são espaços de partilha, de informação e formação pela positiva e também de convívio”, onde o sobrevivente sente que “não está sozinho” e encontra “um grupo que o percebe e acolhe”.

PR/HN/Rita Antunes

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