Ministro da Saúde moçambicano alerta para risco de quarta vaga “de alta transmissão”

3 de Novembro 2021

O ministro da Saúde de Moçambique alertou esta quarta-feira para o risco de uma quarta vaga “de alta transmissão” do novo coronavírus no país, referindo que a melhoria da situação epidemiológica “não deve ser confundida com o fim da pandemia”.

“A maior parte dos pressupostos que determinaram a ocorrência das três vagas anteriores continuam válidos, havendo, por isso, o risco de uma eventual quarta vaga de alta transmissão”, disse Armindo Tiago, na abertura do Conselho Coordenador Nacional de Saúde.

O governante referiu que há necessidade de se preparar o sistema de saúde do país para um eventual “aumento do número de casos e hospitalizações”, bem como de se continuarem a implementar as medidas de prevenção da doença.

“Esta melhoria da situação epidemiológica não deve ser confundida com o fim da pandemia”, alertou Armindo Tiago.

O ministro avançou que estão em curso ações de preparação do Serviço Nacional de Saúde para “responder a eventuais vagas” da pandemia, entre as quais, o aumento da capacidade de internamento, reforço de recursos humanos e vacinação massiva contra a Covid-19.

“Não obstante a fraca disponibilidade de vacinas no mercado global, nos últimos nove meses, o nosso governo assegurou a vacinação de cerca de quatro milhões de pessoas em todo o país” das quais “cerca de 2,6 milhões estão completamente vacinadas, ou seja, já estão protegidas contra formas graves da doença e contra a morte devido à Covid-19”, detalhou.

Moçambique vive um período de “baixa transmissão da Covid-19 em todas as províncias”, avançou o ministro, tendo um total acumulado de 1.932 mortes e 151.316 casos, dos quais 98% recuperados da doença.

Além da Covid-19, também a violência armada em Cabo Delgado preocupa o ministério.

O ministro apontou hoje a insegurança no norte de Moçambique como um dos desafios do setor, face à “destruição de unidades hospitalares e privação de serviços e cuidados de saúde”.

“Deveremos agora concentrar parte do nosso esforço em ações que garantam a continuidade dos cuidados de saúde às populações deslocadas e regressadas, bem como na criação de condições para um rápido funcionamento das unidades sanitárias”, afirmou Armindo Tiago.

LUSA/HN

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