EMA avalia medicamento da Pfizer para emitir recomendação

19 de Novembro 2021

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) anunciou esta sexta-feira que está a avaliar o medicamento produzido pela Pfizer para tratar a Covid-19 para poder emitir uma recomendação às autoridades de saúde nacionais.

Em comunicado, a EMA adianta que já começou a analisar os dados do ‘paxlovid’, o medicamento desenvolvido pela farmacêutica norte-americana para o tratamento da doença provocada pelo vírus SARS-CoV-2.

“O Comité dos Medicamentos de Uso Humano da EMA vai olhar para dados de um estudo de que compara o efeito do ‘paxlovid’ com os resultados de um tratamento ‘placebo’ em pacientes não hospitalizados com doença leve ou moderada que estejam em risco de progredir para doença grave”, explica o regulador europeu.

Esta primeira avaliação, que olhará para os dados sobre a eficácia e segurança do medicamento, antecede uma análise mais extensa para autorizar a comercialização do medicamento, mas bastará para emitir uma recomendação às autoridades de saúde dos Estados-membros.

“A avaliação permitirá uma recomendação no mais curto espaço de tempo possível para que possam ser usadas pelas autoridades nacionais que queiram tomar decisões baseadas em evidências sobre o uso precoce do medicamento”, lê-se no comunicado.

Segundo a EMA, os resultados provisórios indicam que o medicamento reduz o risco de hospitalização ou morte em comparação com um ‘placebo’ quando o tratamento é dado entre três a cinco dias após os primeiros sintomas.

A Pfizer já tinha anunciado que o seu medicamento antiviral contra a Covid-19 é eficaz na redução de hospitalizações ou mortes em quase 90%, entre pessoas com infeções leves ou moderadas pelo SARS-CoV-2.

Na altura, a farmacêutica considerou os resultados preliminares dos ensaios clínicos tão promissores que iria pedir à agência norte-americana dos medicamentos (FDA) uma autorização de emergência.

Na terça-feira, a Pfizer anunciou que chegou a acordo com um grupo apoiado pelas Nações Unidas para permitir que outros fabricantes produzam o seu medicamento e o disponibilizem em 95 países.

LUSA/HN

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