Grécia introduz novas restrições para conter aumento das infeções

22 de Novembro 2021

A Grécia introduziu esta segunda-feira novas restrições com o objetivo de conter o aumento das infeções pelo novo coronavírus, que elevou a taxa de mortalidade no país para quase o dobro da média da União Europeia (UE).

Cerca de um terço da população do país e um quarto dos adultos não foram vacinados e as mortes aumentaram rapidamente desde o final de outubro.

As medidas governamentais, que vão vigorar até pelo menos 06 de dezembro, incluem o uso de máscaras em todos os locais de trabalho e horários de funcionamento escalonados nos setores público e privado.

A entrada em espaços fechados de recreação e entretenimento será permitida apenas para aqueles que possuem certificado de vacinação ou que recuperaram recentemente da Covid-19. Estão incluídos bares, restaurantes, cinemas e museus, entre outros.

Limites de capacidade e restrição de entrada também foram impostos a tribunais e locais de culto.

Os únicos locais onde não é efetuado o controlo da vacinação são as mercearias e mercados, as farmácias e os transportes públicos urbanos, onde é obrigatório apenas o uso de máscara.

As medidas foram tomadas após as unidades de cuidados intensivos para o tratamento de pessoas com Covid-19 ultrapassarem 90% da sua capacidade.

O Governo descartou o retorno ao confinamento geral e o ministro da Saúde, Thanos Plevris, disse que as restrições atuais seriam reavaliadas dentro de duas semanas.

Desde que as medidas restritivas para pessoas não vacinadas foram reforçadas, o interesse pela vacina aumento e, segundo disse hoje o ministro de Estado para a Área Digital, Kyriakos Pierrakakis, nos últimos 30 dias, 444 mil consultas foram feitas para a primeira dose, e 1,2 milhões para a terceira dose, de reforço.

Dos 10,7 milhões de habitantes do país, 61% já foram imunizados com a segunda dose da vacina e apenas 8,3% já receberam a terceira dose.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.148.939 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,91 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

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