Canadá confirma dois primeiros casos da variante Ómicron

29 de Novembro 2021

O Canadá confirmou este domingo os dois primeiros casos da variante Ómicron do coronavírus que causa a Covid-19, em pessoas que tinham viajado recentemente para a Nigéria.

Ambas as pessoas estão em isolamento em Otava, capital do Canadá, e as autoridades sanitárias estão à procura de contactos próximos dos infetados, anunciou em comunicado o Governo da província de Ontário.

O Canadá é o primeiro país do continente americano a reportar a nova variante do SARS-CoV-2.

O ministro da Saúde canadiano, Jean-Yves Duclos, disse, citado em comunicado, que a vigilância e os testes de despistagem prosseguem e com os quais se espera detetar mais casos.

Na sexta-feira, o Canadá fechou as suas fronteiras a pessoas provenientes de sete países africanos, incluindo a Nigéria, para conter a propagação da nova variante, já detetada em vários países.

A África do Sul, onde foi identificada inicialmente a Ómicron, comunicou à Organização Mundial da Saúde (OMS) a nova estirpe na quarta-feira.

Na sexta-feira, a OMS classificou a nova variante do SARS-CoV-2, que provoca a doença respiratória pandémica Covid-19, como variante “de preocupação” e batizou-a como Ómicron, nome de uma letra do alfabeto grego.

Diversos países, incluindo Portugal, suspenderam ou restringiram viagens para a África Austral e instauraram outras obrigações, decisão condenada pela OMS e África do Sul.

Desconhece-se, ainda, com rigor, os efeitos da nova estirpe na transmissibilidade da infeção, severidade da doença ou na imunidade. Sabe-se que tem múltiplas mutações genéticas, algumas consideradas preocupantes, na proteína da espícula, “a chave” que permite ao vírus entrar nas células humanas.

De acordo com a OMS, dados preliminares apontam para um “risco acrescido de reinfeção” com a Ómicron por comparação com outras variantes de preocupação, incluindo a Delta, a mais contagiosa até à data e dominante no mundo.

Segundo a agência das Nações Unidas, várias semanas poderão ser necessárias para determinar as alterações provocadas no comportamento do vírus em termos de infecciosidade, gravidade da doença e as suas implicações nas vacinas, tratamentos e diagnóstico.

Por enquanto, a Ómicron continua a poder ser detetada nos testes PCR (de maior sensibilidade).

A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 5.193.392 mortes em todo o mundo, entre mais de 260,44 milhões infeções, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa AFP.

O coronavírus SARS-CoV-2 foi detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Bolsas Mais Valor em Saúde distinguem quatro projetos inovadores no SNS

Gilead Sciences, em parceria com a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a Exigo e a Vision for Value, anunciou os vencedores da 4ª edição das Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, iniciativa que distingue projetos inovadores no Serviço Nacional de Saúde (SNS) focados na metodologia Value-Based Healthcare (VBHC). 

Dia Mundial da DPOC: Uma Doença Prevenível que Ainda Mata

No dia 19 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), uma condição respiratória crónica que, apesar de ser prevenível e tratável, continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível global.

Patrícia Costa Reis: “Precisamos de diagnosticar mais cedo a XLH”

Numa entrevista exclusiva ao HealthNews, Patrícia Costa Reis, gastroenterologista pediátrica, investigadora e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa – Hospital de Santa Maria -, esclarece os mecanismos e impactos da XLH (hipofosfatemia ligada ao cromossoma X). Esta doença genética rara provoca perdas de fósforo, originando raquitismo, deformidades ósseas, dor crónica e fadiga. A especialista destaca a importância do diagnóstico precoce, o papel crucial das equipas multidisciplinares e a mudança de paradigma no tratamento com a introdução de terapêuticas dirigidas.

Menos arsénio na água diminui mortes por cancro e doenças cardíacas

Um estudo recente publicado na revista científica JAMA revela que a diminuição dos níveis de arsénio na água potável está associada a uma redução significativa da mortalidade por doenças crónicas, incluindo cancro e doenças cardiovasculares. 

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights