Aumentam pedidos de apoio psicológico por parte de cuidadores e doentes com Parkinson

20 de Dezembro 2021

Os constrangimentos sentidos no diagnóstico e no acesso às consultas provocados pela pandemia deterioram o bem-estar físico e psicológico dos doentes com Parkinson. A Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk) alertou que nos últimos tempos o número de pedidos de apoio psicológico disparou.

Ao site da APDk chegam centenas de mensagens com queixas e pedidos de apoio por parte de doentes, familiares e cuidadores. Para a dirigente da associação, Ana Botas, “é fundamental olhar para os doentes não covid, pensar numa estratégia de recuperação de tudo o que ficou para trás. Nenhum doente pode ficar para trás!”.

Para contrariar os efeitos da pandemia, a APDPk continua a apostar no site, que foi lançado em 2019 e já foi visitado por quase 20 mil pessoas, num total de quase 80 mil visualizações da página. Desde pedidos de doentes de Parkinson consultas psicológicas à distância a pessoas que procuram formas para apoiar familiares com esta doença, até ao momento foram recebidas 500 mensagens através deste site, 355 das quais em tempo de pandemia.

“Toda esta conjuntura afetou muito as pessoas a nível físico e psicológico e os pedidos de apoio são recorrentes. Por norma, são doentes novos que chegam à associação, ou cuidadores, uma vez que os sócios têm ligação à associação por outras vias”, revela Ana Botas.

Apesar de admitir que os meios digitais têm sido uma mais-valia, a Presidente da APDPk diz que “sessões presenciais fazem a diferença”.

Além do site, a associação criou ainda o projeto “Lado a Lado”, que tem como objetivo facilitar a fase de aceitação e aumentar o apoio psicológico, fundamental não apenas numa fase inicial da doença, mas também para combater o isolamento e promover a melhoria da qualidade de vida.

Foi ainda criado o projeto “Pára-quedas” para colmatar as necessidades criadas pela ausência de fisioterapia. O objetivo passa por capacitar todos os doentes para que saibam prevenir as quedas e, caso não consigam, gerir o processo de recuperação. Atualmente, estes dois projetos continuam ativos via online e por telefone.

PR/HN/Vaishaly Camões

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