O primeiro-ministro, Jean Castex, divulgou hoje as novas medidas, após o Conselho de Ministros ter aprovado um projeto de lei que deve ser validado em janeiro pela Assembleia Nacional francesa.
As medidas aprovadas são mais musculadas, apesar de a França manter o regresso às aulas para 03 de janeiro.
Para o Governo francês, o recolher obrigatório continua a não ser opção, embora estejam previstas restrições para eventos públicos.
Jean Castex, que anunciou as medidas ao lado do ministro da Saúde, Olivier Véran, apontou como objetivo o aumento da taxa de vacinação, atualmente nos 78% da população com pelo menos uma dose, incluindo crianças.
O certificado sanitário vai passar a ser de vacinação e os não vacinados deixam de poder ter acesso a este através de um teste negativo.
Assim, a vacinação será necessária, a partir de 15 de janeiro, para aceder a salas de cinema, teatro ou museus, utilizar transportes públicos ou frequentar cafés.
O governante alertou ainda que as multas para o uso de certificados falsos serão endurecidas, no país onde já foram detetados centenas de milhares de documentos ilegais.
“Esta prática escandaliza-me, como primeiro-ministro e cidadão, é um ato deliberado de colocar outras pessoas em risco”, referiu Castex.
As grandes concentrações de pessoas também são preocupação do Governo, sendo que a partir de janeiro haverá limites de duas mil pessoas para eventos em espaços fechados e de cinco mil para eventos ao ar livre.
O consumo em bares, restaurantes e cinemas também será regulamentado, deixando de se poder comer ou beber em pé, para que não seja retirada a máscara nessas situações.
A covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
LUSA/HN
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