Diretor da federação australiana insta Djokovic a dizer a razão da sua isenção médica

5 de Janeiro 2022

O chefe executivo do Open da Austrália exortou hoje Novak Djokovic, que não disse se foi ou não vacinado contra a covid-19, a revelar a razão da "isenção médica" que lhe permitirá jogar no primeiro Grand Slam do ano

“Ajudaria certamente se Novak explicasse as condições em que solicitou e recebeu uma isenção”, disse aos jornalistas Craig Tiley, que é também presidente da Associação Australiana de Ténis (TA).

“Eu encorajá-lo-ia a falar com a comunidade sobre isso… Temos passado por um período muito difícil nos últimos dois anos e eu apreciaria algumas respostas em relação a isso”, acrescentou.

O responsável do ténis australiano garnatiu ainda que o número um do mundo não tinha recebido qualquer tratamento especial na obtenção da isenção, num processo supervisionado pelas autoridades australianas e vitorianas.

Um total de 26 jogadores ou membros das equipas, dos cerca de 3.000 que viajaram para a Austrália, solicitou uma isenção e apenas alguns foram concedidos, revelou.

“Todas as pessoas que preenchessem as condições eram autorizadas a entrar. Não houve nenhum favor especial. Não houve tratamento especial dado a Novak”, insistiu Tiley.

Já 20 vezes vencedor do Grand Slam, tal como Roger Federer e Rafael Nadal, o sérvio Novak Djokovic tem como objetivo um 21.º título em Melbourne.

O Open da Austrália, que começa a 17 de Janeiro, é o seu torneio favorito: foi em Melbourne que o sérvio ganhou o seu primeiro Grand Slam (2008), e ninguém lá ganhou tanto como ele (nove vitórias).

Na terça-feira o tenista revelou que lhe tinha sido concedida uma “isenção médica” para fazer a viagem. A federação australiana solicitou o sigilo médico para evitar justificar a renúncia.

O anúncio provocou reações negativas por parte de alguns jogadores, que denunciaram um padrão duplo, e por parte de alguma imprensa australiana, num país onde as medidas de combate à covid-19 foram particularmente rigorosas.

Novak Djokovic já se tinha pronunciado em abril de 2020 contra a vacinação obrigatória, que estava prevista na altura para permitir que os torneios fossem retomados.

NR/HN/LUSA

 

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