Espanha supera os sete milhões de contagiados desde o início da pandemia

8 de Janeiro 2022

A Espanha superou hoje sete milhões de casos positivos de covid-19 desde o início da pandemia, num dia em que a incidência acumulada atingiu os 2.722 casos por 100.000 habitantes, segundo atualização do Ministério da Saúde espanhol.

Num país que tem cerca de 47 milhões de habitantes, o total de casos notificados desde o início da pandemia, há quase dois anos, é agora de 7.164.906 e já morreram 89.934 pessoas devido à doença covid-19.

Registaram-se 242.440 contágios nos últimos dois dias, e o número de mortos associados à doença covid-19 foi de 147 pessoas durante o mesmo período. Na quinta-feira não foi feita a habitual atualização de números, visto ter sido Dia dos Reis Magos, feriado nacional.

A velocidade a que ocorrem os contágios teve um crescimento de quase 148 pontos desde quarta-feira, passando de 2.574,5 casos para 2.722,3 (hoje) por cada 100.000 habitantes diagnosticados nos últimos 14 dias.

As comunidades autónomas com maior incidência são as de Navarra (6.704,7 casos), a do País Basco (5.539,8) e a de Aragão (4.645,8).

O número de doentes hospitalizados subiu hoje para 14.426 (eram 13.359 na quarta-feira), o que corresponde a 11,79% da ocupação de camas hospitalares, encontrando-se 2.056 pacientes nas unidades de cuidados intensivos (2.005), que ocupam 22,06% das camas desses serviços.

A pressão hospitalar medida através da percentagem de ocupação de camas de doentes com covid-19 nas unidades de cuidados intensivos é maior nas comunidades da Catalunha (40,96%), do País Basco (31,88) e de Aragão (28,64%).

O Ministério da Saúde espanhol também informou hoje que 38,05 milhões de pessoas já estão totalmente vacinadas contra a covid-19 (90,3% da população com mais de 12 anos) e 38,89 milhões têm pelo menos uma das doses do fármaco (92,3%).

A três dias do começo das aulas, na segunda-feira, depois das férias do Natal, o Governo espanhol recomendou hoje às comunidades autónomas que a quarentena de toda uma turma só será necessária se houver cinco ou mais infetados ou 20% dos estudantes.

As várias regiões, que têm autonomia em questões de saúde, poderão ou não aplicar a medida, havendo algumas que já avançaram com os seus protocolos próprios, como a de Madrid, onde os estudantes até aos 12 anos de idade que tenham estado em contacto próximo com um colega que tenha dado positivo não terão de ser colocados de quarentena, independentemente de serem ou não vacinados.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, vaticinou hoje que haverá números “elevados” de infeções com a variante Ómicron em Espanha nos próximos dias, mas sublinhou que o país está mais bem preparados do que há um ano atrás para lidar com a covid-19.

Sánchez manifestou a sua preocupação com a “propagação vertiginosa” daquela variante, mas salientou que o “elevado” número de infeções não se traduz num “crescimento exponencial em hospitalizações ou internamentos em UCI [unidades de cuidados intensivo]”.

“A Espanha está mais bem preparada do que há um ano para a doença covid-19, um vírus com o qual vamos ter de aprender a viver, tal como com muitos outros vírus. Por conseguinte, devemos adaptar a nossa resposta institucional e social às características atuais desta doença, porque estamos mais bem preparados do que há um ano atrás”, disse o chefe do Governo.

A covid-19 provocou 5.470.916 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.071 pessoas e foram contabilizados 1.577.784 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

LUSA/HN

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