RI13 apoia no combate à Covid, incêndios e forma condutores das Pandur em Vila Real

10 de Janeiro 2022

O chefe do Estado-Maior do Exército destacou esta segunda-feira o papel do Regimento de Infantaria 13, Vila Real, no combate à Covid-19, incêndios e no aprontamento do primeiro Batalhão de Infantaria Mecanizada de Rodas, assente na viatura blindada Pandur.

O general Nunes da Fonseca falava na cerimónia de tomada de posse do novo comandante do RI13, em Vila Real, o coronel Pedro Cruz, a qual contou com a presença do Presidente da República e do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

Marcelo Rebelo de Sousa não discursou nem falou à comunicação social, uma postura que costuma adotar nas cerimónias militares, e coube ao chefe do Estado-Maior do Exército exaltar a ação dos militares do RI13, que há mais de três séculos está instalado na cidade transmontana.

Nunes da Fonseca apontou que este regimento, atualmente na dependência da Brigada de Intervenção, “tem a responsabilidade de aprontar o primeiro Batalhão de Infantaria Mecanizada de Rodas, assente na viatura Pandur II”.

“Conta para tal com o significativo efeito multiplicador do centro de simulação e treino deste sistema de armas, instalado na unidade, o qual tem sido uma mais-valia em termos de custos, prazos e proficiência para todos os seus futuros operadores”, salientou.

O RI13 possui o único simulador de condução dinâmico Pandur II 8X8 do país para a formação e treino, num cenário idêntico ao real, dos condutores e chefes desta viatura blindada de rodas.

O equipamento inclui a cabine de simulação, que é uma réplica exata do interior da viatura blindada, e ainda uma sala com vários monitores, a estação de operação, onde se controla o simulador.

Nesta passagem pelo RI13, Marcelo Rebelo de Sousa assistiu a uma simulação neste equipamento.

“O RI13, instalado em Vila Real desde 1883, constitui uma das unidades mais representativas do Exército Português”, salientou Nunes da Fonseca.

O chefe do Estado-Maior do Exército disse que o RI13 “soube destacar-se” em “momentos cruciais da história militar portuguesa”, desde as guerras peninsulares, à batalha de La Lys, na Primeira Guerra Mundial, em missões na guerra de África e referiu que, a partir de 1982, passou a contribuir para as operações multinacionais de apoio à paz sob a égide na Nato, das Nações Unidas ou da União Europeia.

“Desde esse ano e até aos nossos dias mais de 3.000 militares da unidade foram empenhados nos Balcãs, em Timor-Leste e no Afeganistão”, salientou.

A missão do RI13 estende-se ainda ao recrutamento e ao apoio ao desenvolvimento e bem-estar das populações, quer nas ações de prevenção e combate aos incêndios rurais, quer no quadro da pandemia de Covid-19.

Neste, que foi um “esforço global” do Exército, realçou o apoio à Administração Regional de Saúde do Norte no rastreio de casos Covid-19, a disponibilização de infraestruturas para armazenamento, a cedência de tendas de campanha e camas a diversas entidades, a retirada de utentes de estruturas residenciais para idosos, a descontaminação destas instituições, a distribuição de equipamentos de proteção individual a estabelecimentos de ensino secundário e a realização de ações de sensibilização de boas práticas higienossanitárias a lares, estabelecimentos de ensino e no estabelecimento prisional de Vila Real.

Participou ainda na campanha “Douro + solidário” através da recolha e transporte de matérias vínicas para produção de álcool gel para posterior doação aos centros hospitalares da região Norte.

Em março de 2020, no início da pandemia em Portugal, militares do RI13 foram dos primeiros a entrar no lar Nossa Senhora das Dores, na cidade de Vila Real, para dar apoio aos idosos e às funcionárias, infetados com Covid-19, e ajudaram, posteriormente, na evacuação do edifício.

“O Exército, instituição essencial da nação, procura ser progressivamente mais credível, moderno, atrativo e de elevada prontidão e competência, todos os que nele servem concorrem para este desiderato”, salientou Nunes da Fonseca.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Menores de 16 anos procuram ajuda na SOS Voz Amiga para alivar a dor e pensamentos suicidas

Menores de 16 anos com problemas emocionais e alguns que manifestam o “desejo de desaparecer” estão a procurar o serviço SOS Voz Amiga, uma situação recente que deixa quem está do outro lado da linha “sem chão”. O alerta foi feito à agência Lusa pelo presidente da linha de prevenção do suicídio SOS Voz Amiga, Francisco Paulino, no dia em que o serviço completa 46 anos e na véspera do Dia Mundial da Saúde Mental.

MAIS LIDAS

Share This