Uma dose diária de iogurte pode ser benéfica para pessoas com hipertensão, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade do Sul da Austrália (UniSA).
Realizado em parceria com a Universidade do Maine, o estudo analisou as associações entre ingestão de iogurte, pressão arterial e fatores de risco cardiovascular, descobrindo que o iogurte está associado à diminuição da pressão arterial nas pessoas com hipertensão.
Alexandra Wade, investigadora da UniSA, diz que este estudo fornece novas evidências que relacionam o iogurte com resultados positivos de pressão arterial para hipertensos.
“Alimentos lácteos, especialmente iogurte, podem ser capazes de reduzir a pressão arterial. Isto porque os alimentos lácteos contêm uma gama de micronutrientes, incluindo cálcio, magnésio e potássio, envolvidos na regulação da pressão arterial”, explicou.
“O iogurte é especialmente interessante porque também contém bactérias que promovem a libertação de proteínas que reduzem a pressão arterial. Este estudo mostrou que para pessoas com pressão arterial elevada, mesmo pequenas quantidades de iogurte estavam associadas à diminuição da pressão arterial. E para aqueles que consumiam iogurte regularmente, os resultados foram ainda mais fortes, com leituras de pressão arterial quase sete pontos menores do que aqueles que não consumiam iogurte.”
O estudo abrangeu 915 adultos. O consumo habitual de iogurte foi medido através de um questionário alimentar. A pressão arterial elevada foi definida como sendo maior ou igual a 140/90 mmHg (a pressão arterial normal é igual ou inferior a 120/80 mmHg).
Os investigadores referem que futuros estudos observacionais e de intervenção devem continuar a concentrar-se em indivíduos de risco para verificar os benefícios potenciais do iogurte.
Mais informação em:
Wade, A.T., et al. (2021) Higher yogurt intake is associated with lower blood pressure in hypertensive individuals: Cross-sectional findings from the Maine–Syracuse longitudinal study. International Dairy Journal. doi.org/10.1016/j.idairyj.2021.105159.
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