Liga pede “uniformidade” a delegados de saúde locais face aos casos

15 de Janeiro 2022

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) pediu esta sexta-feira “uniformidade” aos delegados de saúde local, criticando a “dualidade de aplicação de critérios” ao decretar isolamentos profiláticos a plantéis da I e II Ligas de futebol por casos de coronavírus.

“Perante o aumento de isolamentos profiláticos a serem decretados pelos delegados de saúde local, devido a surtos de SARS-CoV 2, a LPFP mostra a sua enorme preocupação pela dualidade de aplicação de critérios quando, na verdade, a delicadeza da situação exige um elevado grau de uniformidade pelo país”, pode ler-se em comunicado ontem divulgado.

A Liga de clubes destaca “a dispersão geográfica” das equipas e o facto de o futebol profissional estar “muito perto dos 100% de inoculação” no meio de uma “fase ainda delicada”.

As novas normas da Direção-Geral da Saúde, nomeadamente relativas à identificação de casos próximos e à testagem, e possível isolamento profilático, são alvo de críticas, por serem “tomadas isoladamente e sem seguirem orientações gerais”.

“Podem comprometer todo o excelente trabalho desenvolvido pela LPFP e pelos clubes com a DGS e com o Ministério da Saúde, ao longo de todo o processo pandémico. Mas, mais do que isso, temos de lutar pela subsistência do futebol profissional e, se não existir sensatez e coerência, corremos o risco de não terminarmos os campeonatos profissionais”, nota aquele organismo.

Ontem foram adiados dois jogos, no caso o Estoril Praia-Arouca, da I Liga, e depois o Trofense-FC Porto B, da II Liga, ambos após a aprovação, em 21 de dezembro de 2021, de alterações aos regulamentos das competições.

Segundo as novas regras, fica previsto que um jogo só se possa realizar quando uma das equipas tiver, pelo menos, 13 jogadores disponíveis, incluindo um guarda-redes.

A Covid-19 provocou 5.519.380 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.237 pessoas e foram contabilizados 1.814.567 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

LUSA/HN

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