Madeira prepara-se para terminar com testagem massiva da população

17 de Janeiro 2022

A Madeira vai acabar com a testagem massiva semanal para Covid-19 quando o número diário de casos baixar para menos de 1.000, indicou esta segunda-feira o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, referindo que será adotada uma “estratégia diferente”.

“Ainda estamos numa situação de pico e, logo que começar a descer, vamos adotar uma estratégia diferente, que será a possibilidade de fazermos a monitorização dos casos sem a testagem massiva semanal”, disse.

O governante falava à margem da inauguração da requalificação de uma rotunda na freguesia de Santo António, nos arredores do Funchal, agora designada “Rotunda Madre Virgínia”, onde foi colocada uma estátua em bronze daquela religiosa clarissa, natural da localidade, que nasceu em 24 de outubro de 1860 e faleceu em 17 de janeiro de 1929, sobre a qual decorre um processo de beatificação.

Miguel Albuquerque vincou que a testagem massiva da população só deixará de ser feita quando o número diário de novas infeções baixar para menos de 1.000, caso contrário “não seria uma estratégia correta”.

“Devemos atingir o pico esta semana e vamos esperar que o número comece a baixar para adotar a nova estratégia”, afirmou, indicando que a monitorização dos casos passará a ser feita através de um sistema informático.

Em 20 de novembro de 2021, o Governo da Madeira (PSD/CDS-PP) tornou obrigatório a apresentação conjunta de certificado de vacinação e teste antigénio negativo para Covid-19 para acesso à maioria dos estabelecimentos e recintos públicos e privados e, simultaneamente, implementou um sistema que garante a realização de um teste semanal gratuito para todos os residentes.

De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 251 mil habitantes, regista 13.617 casos ativos de Covid-19, com 72 doentes hospitalizados, um deles nos cuidados intensivos, num total de 45.340 confirmados desde o início da pandemia.

A região sinaliza também 146 óbitos associados à doença.

No domingo, o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, afirmou que, apesar da disseminação da variante Ómicron, com mais de mil casos diários desde o início do ano, os seus efeitos são menos graves e não representou um aumento de hospitalizados na unidade de cuidados intensivos, o que leva o Governo da Madeira a delinear “uma nova estratégia” da abordagem ao SARS-CoV-2, que será anunciada em breve.

O governante disse que esta estratégia vai pôr em prática “medidas menos restritivas” e a testagem massiva da população “pode deixar de existir”, passando a Covid-19 a ser “tratada como todas as doenças infecciosas”.

LUSA/HN

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