Governo britânico elimina testes para viajantes vacinados

25 de Janeiro 2022

O Governo britânico anunciou esta segunda-feira que vai deixar de exigir a pessoas vacinadas testes à Covid-19 à chegada a Inglaterra e reduzir também os testes às pessoas não vacinadas, colocando o país "a um passo da normalidade".

A partir de 11 de fevereiro, pessoas com duas doses de uma vacina Covid-19, ou uma dose da Janssen, que cheguem do estrangeiro deixam de ser obrigadas a realizar um teste rápido nas primeiras 48 horas após a chegada ao país.

A única formalidade que permanece é o preenchimento de um formulário de passageiro simplificado com os seus dados pessoais e médicos.

Aos não vacinados continua a ser exigido um teste pré-embarque e um PCR nas primeiras 48 horas após a chegada, mas deixam de estar obrigados a isolamento de 10 dias ou a um segundo teste PCR no oitavo dia após a chegada.

Menores de 18 anos estão isentos de testes ou sujeitos às regras das pessoas vacinadas.

Numa intervenção no Parlamento, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, descreveu este como um “sistema proporcional que nos deixa a um passo da normalidade, mantendo as proteções vitais da saúde pública”.

O anúncio aplica-se por enquanto apenas a Inglaterra, mas os governos autónomos da Escócia, País de Gales e Irlanda têm-se alinhado geralmente com as decisões do Governo britânico nas regras de viagens internacionais.

“Estamos a entrar numa nova fase da luta contra a covid. Em vez de proteger o Reino Unido de uma pandemia, o nosso futuro depende de vivermos com covid endémica. Assim como vivemos com a gripe, por exemplo”, disse Shapps.

O presidente executivo da EasyJet, Johan Lundgren, saudou a notícia, dizendo que “os testes para viagens devem agora tornar-se firmemente uma coisa do passado”.

De acordo com os dados atualizados ontem no Reino Unido, foram registadas 88.447 novas infeções de Covid-19 nas últimas 24 horas. No conjunto dos últimos sete dias, o valor caiu 6,8% face aos sete dias anteriores. Na segunda-feira foram notificadas 56 mortes.

Nos hospitais, o número de pacientes de Covid-19 era de 17.523 na sexta-feira, confirmando uma tendência de descida nos internamentos.

Atualmente, 83,8% da população britânica acima de 12 anos anos recebeu duas doses de uma vacina Covid-19 e 64,2% recebeu também uma terceira dose de reforço.

De acordo com os dados mais recentes, o Reino Unido contabilizou 152.916 mortes desde o início da pandemia, o balanço mais alto na Europa.

A Covid-19 provocou 5.593.747 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.613 pessoas e foram contabilizados 2.254.583 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

ULS de Braga certifica mais 35 profissionais no âmbito do Programa Qualifica AP

A Unidade Local de Saúde de Braga (ULS de Braga) finalizou, esta semana, o processo de certificação de mais 35 profissionais, no âmbito do Programa Qualifica AP, uma iniciativa desenvolvida em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), através do Centro Qualifica AP.

PCP apresenta medidas para “inverter a degradação” do SNS

O PCP apresentou esta sexta-feira algumas medidas urgentes para “inverter a degradação” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), criticando as “políticas de vários governos” de PS, PSD e CDS, que abriram “caminho para a destruição” daquele serviço público.

DE-SNS mantém silêncio perante ultimato da ministra

Após o Jornal Expresso ter noticiado que Ana Paula Martins deu 60 dias à Direção Executiva do SNS (DE-SNS) para entregar um relatório sobre as mudanças em curso, o HealthNews esclareceu junto do Ministério da Saúde algumas dúvidas sobre o despacho emitido esta semana. A Direção Executiva, para já, não faz comentários.

ULS de Braga celebra protocolo com Fundação Infantil Ronald McDonald

A ULS de Braga e a Fundação Infantil Ronald McDonald assinaram ontem um protocolo de colaboração com o objetivo dar início à oferta de Kits de Acolhimento Hospitalar da Fundação Infantil Ronald McDonald aos pais e acompanhantes de crianças internadas nos serviços do Hospital de Braga.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights