Continuam internadas 30 pessoas por consumo de cocaína adulterada na Argentina

5 de Fevereiro 2022

Um total de 30 pessoas permanecem hospitalizadas na Argentina devido ao consumo de cocaína adulterada, que já causou vinte mortes desde quarta-feira e levou as autoridades a manter um "alerta epidemiológico" para intoxicação por opiáceos, segundo fontes oficiais.

“Existem atualmente 30 pessoas hospitalizadas, 10 das quais estão em apoio respiratório mecânico. Além disso, há nove pessoas sob observação”, disse o governo de Buenos Aires, através de uma declaração oficial.

O número de pacientes hospitalizados por ingestão de drogas adulteradas continua a diminuir, uma vez que na última quinta-feira o número chegou a 84 pessoas admitidas de emergências em 12 hospitais, em diferentes partes da província de Buenos Aires.

Segundo o Ministério da Saúde, todos os doentes intoxicados receberam Naloxone, um poderoso medicamento que reverte rapidamente os efeitos da overdose.

Por outro lado, o testemunho de um dos toxicodependentes afetados permitiu às forças policiais estabelecer que a droga apreendida foi comprada nas proximidades de Puerta 8, uma povoação localizada na localidade de Tres de Febrero, em Buenos Aires.

As forças policiais lançaram rapidamente operações envolvendo 1.500 agentes e o próprio ministro provincial da Segurança, Sergio Berni.

Durante as buscas na área, a polícia apreendeu entre 12.600 e 13.600 doses prontas para consumo, embaladas de forma semelhante às compradas pelas vítimas.

Além disso, cerca de uma dúzia de pessoas foi presa por suspeita de fornecer a cocaína adulterada, incluindo um alegado líder da droga chamado Joaquín Aquino, conhecido como “El Paisa”, que era procurado desde 2018.

“Estabilizámos a situação. Poderia ter sido uma tragédia maior”, disse o conselheiro chefe do governo provincial, Carlos Bianco, numa conferência de imprensa.

O sistema judicial continua a realizar os testes necessários para identificar o componente, com o qual a droga foi misturada.

Por seu lado, Berni garantiu aos meios de comunicação locais que, com estas detenções, “a liderança do bando foi desmantelada”.

LUSA/HN

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