Calçado português leva 48 marcas à maior feira mundial do setor, em Milão

13 de Março 2022

 Trinta e cinco empresas e 48 marcas portuguesas de calçado participam, de hoje a terça-feira, na maior feira internacional de calçado, em Milão, Itália, num “sinal de esperança” de que esteja para breve o regresso à “tão desejada normalidade”.

Inicialmente agendada para de 20 a 22 de fevereiro, mas adiada cerca de um mês por “questões de segurança” relacionadas com a pandemia, a 93.ª edição da MICAM é destacada pelo presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) como sendo “da maior importância para retomar os negócios” e “um sinal de esperança” de que estará perto a “tão desejada normalidade”.

“A MICAM é a principal feira do setor e é muito relevante para as empresas portuguesas de calçado e marroquinaria, uma vez que reúne os maiores ‘players’ do setor a nível mundial”, salienta Luís Onofre, citado num comunicado.

De acordo com a APICCAPS, “ainda que os dados internacionais apontem para uma recuperação plena do calçado a nível mundial apenas em 2023”, após o forte impacto sofrido com a pandemia de covid-19, “no caso português o último trimestre do ano [2021] superou já as melhores previsões”.

A indústria portuguesa de calçado exportou 1.676 milhões de euros no ano passado, mais 12% face a 2020 e 6% abaixo de 2019, tendo o último trimestre sido já “o melhor de sempre” (mais 6% do que em 2019) do setor nos mercados internacionais, para onde o setor exporta mais de 95% da sua produção”.

A maior feira de calçado do mundo esteve inicialmente agendada para de 20 a 22 de fevereiro, mas, por razões de segurança relacionadas com a pandemia, a organização decidiu, em meados de janeiro, adiar a edição para março.

Desta forma, explicou na altura, será possível facilitar as viagens entre países e maximizar as oportunidades de negócio geradas pelo evento: “Esperamos que, em março, o cenário seja mais fácil, permitindo que os compradores vindos de países fora da UE [União Europeia] respondam aos requisitos de segurança adotados pelo Governo italiano”, referiu, então, a organização em comunicado.

Sob o mote #BetterTogether, esta edição da MICAM mantém o formato de três dias adotado na última edição (em vez dos habituais quatro), devido à pandemia, e apresentará as propostas para o próximo outono-inverno 2022-2023. O horário será alargado (até às 19:00 nos primeiros dois dias do evento e até às 18:00 no terceiro dia).

O presidente da Assocalzaturifici (associação italiana da indústria de calçado) e da MICAM, Siro Badon, avança que, nesta edição, a feira terá uma maior oferta de produtos: “A próxima edição da MICAM estará de volta para dar um novo impulso ao mercado, graças à sua ampla oferta”, destacou.

Na próxima edição, agendada para de 18 a 21 de setembro, a feira voltará ao formato de quatro dias.

A presença na MICAM insere-se na estratégia promocional definida pela APICCAPS e pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), com o apoio do Programa Compete 2020, e visa consolidar a posição relativa do calçado português nos mercados externos.

NR/HN/LUSA

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

ULS de Braga celebra protocolo com Fundação Infantil Ronald McDonald

A ULS de Braga e a Fundação Infantil Ronald McDonald assinaram ontem um protocolo de colaboração com o objetivo dar início à oferta de Kits de Acolhimento Hospitalar da Fundação Infantil Ronald McDonald aos pais e acompanhantes de crianças internadas nos serviços do Hospital de Braga.

DE-SNS mantém silêncio perante ultimato da ministra

Após o Jornal Expresso ter noticiado que Ana Paula Martins deu 60 dias à Direção Executiva do SNS (DE-SNS) para entregar um relatório sobre as mudanças em curso, o HealthNews esclareceu junto do Ministério da Saúde algumas dúvidas sobre o despacho emitido esta semana. A Direção Executiva, para já, não faz comentários.

FNAM lança aviso a tutela: “Não queremos jogos de bastidores nem negociatas obscuras”

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse esta sexta-feira esperar que, na próxima reunião com o Ministério da Saúde, “haja abertura para celebrar um protocolo negocial”. Em declarações ao HealthNews, Joana Bordalo e Sá deixou um alerta à ministra: ” Não queremos jogos de bastidores na mesa negocial. Não queremos negociatas obscuras.”

SNE saúda pedido de relatório sobre mudanças implementadas na Saúde

O Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) afirmou, esta sexta-feira, que vê com “bons olhos” o despacho, emitido pela ministra da Saúde, que solicita à Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) um relatório do estado atual das mudanças implementadas desde o início de atividade da entidade.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights