Presidente chinês pede estratégia mais “científica” contra a pandemia

18 de Março 2022

O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu esta sexta-feira uma estratégia mais “científica e específica” no combate à pandemia, visando minimizar o impacto “no desenvolvimento social e económico” da China.

Face ao maior número de casos desde o surto inicial na cidade chinesa de Wuhan, no inicio de 2020, Xi presidiu a uma reunião do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista da China (PCC), na qual pediu que se alcancem os melhores resultados “com o menor custo”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.

O país deve “aderir à política dinâmica de zero casos”, mas também deve continuar a “otimizar as suas medidas de resposta” à pandemia, disse o líder chinês.

Xi considerou que a China “teve mais sucesso do que a maioria dos outros países”, durante a pandemia, tanto no aspeto do “desenvolvimento económico” quanto na “contenção da Covid-19”, o que “demonstra as vantagens que a liderança do Partido Comunista dá à China”.

O Comité Permanente, a cúpula do poder na China, referiu-se aos surtos infeciosos em várias regiões na China e instou as autoridades locais a continuarem a aplicar o princípio de “deteção, notificação, quarentena e tratamento precoces”, visando conter os surtos “o mais rápido possível”.

O núcleo dirigente do partido no poder pediu que os principais pontos de entrada no país “melhorem o seu mecanismo rotineiro de controlo da pandemia”, visando “reforçar a primeira linha de defesa contra casos importados”.

No final de março completam-se dois anos desde o encerramento das fronteiras na China. Estrangeiros não residentes estão praticamente proibidos de entrar e qualquer viajante que chega ao país deve cumprir uma quarentena de pelo menos 14 dias.

O Comité sublinhou a necessidade de “manter em ordem o trabalho e a vida das pessoas” e “garantir a produção e o fornecimento de bens essenciais”, alertando que quem não cumprir o seu dever e as suas responsabilidades será “investigado e responsabilizado”.

A China fez recentemente alguns ajustes na sua política de tolerância zero ao novo coronavírus, segundo a qual as fronteiras permanecem fechadas e restrições às deslocações internas e campanhas de testes em massa são aplicadas sempre que um caso é detetado.

Todos os infetados e contactos diretos continuam sujeitos a isolamento.

Na semana passada, as autoridades de saúde aprovaram pela primeira vez a venda de testes de antigénio para “complementar” a estratégia atual e, esta semana, anunciaram que os doentes com sintomas ligeiros não serão levados para um hospital, mas antes um centro de isolamento, reduzindo assim a pressão hospitalar.

Segundo as contas oficiais, desde o início da pandemia, 126.234 pessoas foram infetadas no país e 4.636 morreram.

A Covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

LUSA/HN

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