Biden, que era o “número dois” do ex-presidente norte-americano Barack Obama quando o ‘Affordable Care Act’ (ACA), ou ‘Obamacare’, se tornou lei em março de 2010, quer estender o alcance da lei para que esta abranja um número ainda maior de cidadãos.
Biden deu ao ex-presidente todo o crédito pela lei original, que tem sobrevivido a repetidas tentativas de revogação dos republicanos.
“É por sua causa”, disse Biden depois de se apresentar com bom humor como vice-presidente de Obama, que voltou à Casa Branca após mais de cinco anos.
O Presidente norte-americano afirmou que a lei “mostra que a esperança leva à mudança”, uma brincadeira com o ‘slogan’ da campanha “esperança e mudança” de Obama.
O antigo chefe de Estado esteve pela última vez na Casa Branca em 20 de janeiro de 2017, quando saiu para escoltar Donald Trump, o seu sucessor que esteve empenhado em rever a lei.
“É bom estar de volta à Casa Branca. Já faz algum tempo”, disse Obama após a atual vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o ter apresentado na Sala Leste, num encontro pontuado por abraços, gargalhadas e diversas provocações bem-humoradas.
Obama abriu os discursos referindo-se a Biden como “vice-presidente” antes de reconhecer que era uma piada “planeada” e abraçar o seu ex-número dois.
Obama afirmou que juntamente com Biden realizaram “muito” nos seus oito anos de Governo, mas “nada o deixou mais orgulhoso do que fornecer melhores cuidados de saúde e mais proteção a milhões de pessoas em todo o país”.
“A ACA foi um exemplo do motivo pelo qual se concorre a um cargo em primeiro lugar”, disse Obama, chamando-o de “ponto alto” do seu executivo.
Biden chamou o ‘Affordable Care Act’ de legislação mais importante desde que os programas de saúde ‘Medicare’ e ‘Medicaid’ foram criados em 1965, e insistiu que deveria ser expandido para mais pessoas.
“Nós podemos fazer isso. Devemos fazer isso. Temos que fazer isso”, apelou Biden, afirmando que o termo ‘Obamacare’ é “o mais adequado”.
No evento, Biden assinou uma ordem executiva para fechar uma “falha familiar” na implementação da lei de 2010, que o seu Governo acredita que ajudará a alargar a 200 mil pessoas a cobertura de cuidados de saúde acessíveis.
Obama divertiu a multidão com algumas provocações sobre como as coisas na Casa Branca haviam mudado sob a gestão de Biden, inclinando-se para a afinidade do atual mandatário por óculos escuros, gelados e o seu gosto por animais de estimação.
Quanto ao ‘Obamacare’, o poder de permanência da lei foi reforçado por três vitórias no Supremo Tribunal e pelo enfático voto negativo do falecido senador republicano John McCain, que contrariou os esforços do então Presidente Trump para revogá-la e substituí-la.
Kamala Harris, no seu discurso, pediu ao Congresso que permita que o ‘Medicare’ faça subsídios permanentes para o ‘Affordable Care Act’, o que foi incluído no projeto de lei de alívio pandémico, da Administração Biden.
Biden abriu os mercados de seguros de saúde a qualquer pessoa que procurasse cobertura durante a pandemia de Covid-19, embora temporariamente.
O resultado foi um recorde de 14,5 milhões de pessoas inscritas na cobertura privada subsidiada.
LUSA/HN
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