Insolvências vão aumentar em 2022 e 2023 com retirada dos estímulos fiscais

12 de Abril 2022

Os anos de 2022 e 2023 vão ser marcados por um aumento das insolvências, após os níveis baixos registados durante a pandemia, devido à retirada dos estímulos fiscais e da falência das "empresas ‘zombie’", alertou hoje a Crédito y Caución.

De acordo com uma análise hoje divulgada em comunicado, a seguradora de crédito “prevê um incremento das insolvências, ao longo de 2022 e 2023, na maior parte dos países, após os níveis invulgarmente baixos registados durante a pandemia”, em resultado “da retirada dos estímulos fiscais e da falência das ‘empresas zombie’” (negócios com mais de dez anos cujos resultados operacionais são insuficientes para pagar os juros da dívida num horizonte de três anos).

A Crédito y Caución lembrou que, nos dois últimos anos, a economia mundial registou uma descida acumulada de 29% nos níveis de insolvência, apesar da “grave recessão económica” provocada pela pandemia de covid-19, “devido aos intensos estímulos fiscais e às moratórias generalizadas na lei de recuperação judicial e falência das empresas”.

“Países como Portugal, por exemplo, alcançaram no último exercício [2021] menos de metade das insolvências registadas em 2019”, apontou a seguradora de crédito.

Neste contexto, as previsões apontam para a “ultrapassagem dos níveis normais de insolvência na segunda metade de 2022 ou no início de 2023”, quando os apoios públicos forem retirados e as empresas ‘zombie’ entrarem em incumprimento.

A guerra na Ucrânia tem também influência nas previsões de insolvência, dado o impacto negativo no crescimento do produto interno bruto (PIB).

“Será significativo para a própria Rússia e, em menor escala, far-se-á sentir também noutros mercados”, apontou a entidade.

A partir de 2024, a Crédito y Caución espera que as insolvências voltem a diminuir ou que se mantenham, uma vez que deverão voltar aos níveis normais.

“Nos próximos anos, as empresas terão que se adaptar a um enquadramento sem ajudas públicas significativas, o que será um desafio para a sobrevivência daquelas que se tenham endividado excessivamente durante a pandemia”, rematou a seguradora de crédito.

LUSA/HN

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