Ucrânia: Doente internada no Hospital São João no Porto há 38 dias vai ter hoje alta

18 de Abril 2022

A doente ucraniana politraumatizada que deu entrada no Hospital São João, no Porto, a 09 de março, “com um quadro clínico exigente e complexo” vai ter alta hoje, anunciou o hospital.

De acordo com a informação remetida pela unidade hospitalar no Porto, “a doente ucraniana, internada no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) há 38 dias com um quadro clínico exigente e complexo, terá alta hoje”.

A paciente, de 37 anos, chegou a Portugal em 09 de março, depois ter sofrido “um atropelamento no dia 22 de dezembro de 2021, do qual resultaram múltiplas lesões graves”, adiantava o CHUSJ na altura.

Tinha sido transferida de ambulância do Hospital de Lviv, na Ucrânia, para a Polónia, de onde veio para Portugal, “num voo que partiu de Varsóvia, acompanhada pelas equipas clínicas da ONG Médicos do Mundo”.

Enquanto esteve no Porto, “foi seguida por uma equipa multidisciplinar, que inclui médicos especialistas em Medicina Intensiva, Ortopedia, Urologia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular e Cirurgia Geral”, especifica hoje o hospital.

“Neste contexto, foram realizadas cirurgias corretoras das lesões induzidas pelo trauma grave, que sofreu em dezembro passado, com intervenções cirúrgicas de Urologia, Ortopedia e Cirurgia Plástica”, é detalhado.

Durante o seu internamento no Hospital São João, “foi fornecido apoio psicológico à doente e à família, criando um ambiente de enorme tranquilidade, que permitiu uma adequada recuperação física e psicológica”.

O CHUSJ frisa que “continua disponível, no contexto da política nacional e da cooperação internacional, para receber e tratar cidadãos ucranianos, num espírito de enorme solidariedade”.

Foram libertadas, para o efeito, cerca de 140 camas gerais, de Cuidados Intensivos, Pediatria e Queimados, às quais se soma a “prontidão” dos profissionais de saúde de outras especialidades como Ortopedia, Cirurgia Plástica, Medicina Física de Reabilitação e Oncologia, adiantou o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva, Nelson Pereira, no dia em que a ucraniana foi recebida.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

NR/HN/LUSA

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