Açores acompanham fim da obrigatoriedade do uso de máscaras

22 de Abril 2022

O uso de máscaras ou viseiras deixa de ser obrigatório também nos Açores, à exceção de locais frequentados por pessoas vulneráveis, como lares, serviços de saúde e transportes públicos, anunciou esta sexta-feira o Governo Regional.

Numa nota de imprensa divulgada no seu portal, o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM esclarece que, na Região, “é aplicável o regime decorrente da alteração legislativa operada” na quinta-feira pelo Governo da República.

Assim, o uso obrigatório de máscaras ou viseiras, “só é determinado para acesso ou permanência em estabelecimentos e serviços de saúde, estruturas residenciais ou de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência”.

A máscara deve ainda ser usada em “unidades de cuidados continuados integrados da Rede Regional de Cuidados Continuados Integrados e em transportes coletivos de passageiros, incluindo o transporte aéreo, bem como no transporte de passageiros em táxi ou TVDE”, acrescenta o Governo Regional.

A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou na quinta-feira que chegou ao fim a obrigatoriedade do uso de máscaras em Portugal continental em espaços públicos, à exceção de lares, hospitais, serviços de saúde e locais caracterizados pela elevada intensidade de utilização e difícil arejamento, como transportes coletivos de passageiros.

Ainda na quinta-feira, o Presidente da República promulgou o diploma do Governo que reduz a obrigatoriedade do uso de máscaras no âmbito da pandemia de Covid-19.

Nos Açores, de acordo com o Governo Regional, “é entendido que não devem ser impostas medidas mais restritivas do que aquelas que resultam da Resolução do Conselho de Governo nº27/2022, de 9 de Março, considerando a atualização decorrente do Decreto-Lei nº30-E/2022, de 21 de Abril”.

O executivo açoriano justifica a decisão ainda com “a situação epidemiológica atual na Região Autónoma dos Açores”, que a 20 de abril tinha “um R(t) de 0,93, a segunda taxa mais baixa do país”.

Por outro lado, sublinha, “é evidente o reduzido número de situações graves de doença verificados nas últimas semanas”.

O Governo assinala que, atualmente, apenas se encontram duas pessoas em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e que “a tendência das últimas semanas tem sido de um ou dois internados em UCI”.

Refere ainda, “o muito baixo número de óbitos verificados nas últimas semanas – um na última semana e oito nos últimos 30 dias” –, sendo que, “na sua larga maioria, corresponde a pessoas de elevado nível etário e com diversas comorbilidades associadas”.

Além disso, também que foram tidas em consideração “as elevadas taxas de vacinação primária completa (91,6%) e de vacinação de reforço (52%)”.

Os Açores registaram, na última semana, 2.411 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2, que provoca a doença Covid-19, e um óbito, tendo atualmente 2.328 casos ativos, informou hoje a Autoridade de Saúde Regional.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Risco de AVC é duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) reforçou esta quinta-feira a importância de controlar a diabetes para reduzir o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A APDP alerta que o risco de acidente vascular cerebral é duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.

Dia Mundial da Tuberculose

Bárbara Seabra, Interlocutora Hospitalar do Programa Nacional para a Tuberculose, Coordenadora do CDP de Matosinhos

Ispa promove estudo sobre incontinência urinária na mulher

O William James Center for Research do Ispa – Instituto Universitário apresenta um estudo com o tema “Crenças e estratégias sobre a incontinência urinária (IU): um possível papel moderador entre sintomas e função sexual e qualidade de vida”, que permitiu identificar benefícios se o tratamento tiver abordagem multidisciplinar entre médicos da especialidade e psicólogos.

Federação da paralisia cerebral sensibiliza novo PM para apoios

A Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) pediu a intervenção do novo primeiro-ministro para um conjunto de reclamações que, em alguns casos, estão inalteradas há uma década, queixando-se da falta de respostas do anterior executivo.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights