![]()
Artigo acessível apenas a profissionais de saúde.
O número de doentes incluídos em ensaios clínicos em Portugal mais do que duplicou entre 2021 e 2024, atingindo os 5.895 no ano passado. A atratividade do país para a investigação clínica traduz-se em acesso antecipado à inovação terapêutica para milhares de portugueses
A capacidade para hospitalização domiciliária em Portugal registou um crescimento de 62,2% entre 2020 e 2024, atingindo as 365 camas. A expansão, que gera ganhos de eficiência e humanização, não eliminou as disparidades regionais no acesso a esta modalidade
Trinta por cento dos cidadãos inquiridos num estudo pioneiro não sabem que podem solicitar uma segunda opinião médica. O desconhecimento dos direitos na saúde é particularmente preocupante entre doentes crónicos, que são quem mais necessita de navegar no sistema
Portugal mantém-se entre os países com menores remunerações da Europa, condicionando a capacidade das famílias para suportar despesas de saúde. O 10.º salário médio mais baixo da UE agrava assimetrias no acesso a cuidados e pressiona a sustentabilidade do SNS
A taxa de internamentos considerados inapropriados – situações que poderiam ser tratadas em ambiente não hospitalar – cresceu quase 20% nos últimos dois anos. Os custos associados a estas permanências dispararam 83%, pressionando a sustentabilidade financeira do sistema de saúde e revelando falhas na articulação com a rede social
Um estudo pioneiro revela que 50% dos portugueses admitem sentir-se desorientados ao tentar aceder aos cuidados de saúde. A dificuldade em marcar consultas e a incapacidade de obter respostas telefónicas agravam-se entre os doentes crónicos, expondo falhas estruturais na comunicação do SNS.
Menos de um terço da população elegível recebe a convocatória para participar nos rastreios organizados do cancro colorretal e do colo do útero. A falha no contacto inicial com os cidadãos compromete o diagnóstico precoce e contrasta com a eficácia demonstrada no rastreio da mama
Portugal registou uma redução de 7,4% na taxa de mortalidade evitável antes dos 75 anos, mantendo-se como um dos países da União Europeia com melhores resultados neste indicador-chave que mede a eficácia dos sistemas de saúde pública e de cuidados médicos
Apesar de uma ligeira melhoria em 2024, 14,5% dos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários continuam sem médico de família atribuído. As assimetrias regionais são gritantes, com Lisboa e Vale do Tejo a concentrar a maior fatia desta carência, levantando sérias questões sobre a equidade no acesso à saúde
Um português com 65 anos vive, em média, mais 20,5 anos, mas apenas 8 desses anos são vividos sem limitações graves de saúde. Esta proporção de anos saudáveis é uma das mais baixas da Europa, refletindo desafios na promoção da saúde e na gestão da doença crónica
0 Comments