União Europeia avança com mais 400 milhões de euros para desenvolvimento de vacinas em África

13 de Maio 2022

A União Europeia (UE) vai avançar com mais 400 milhões de euros para o desenvolvimento de vacinas anticovid-19 e mecanismos de diagnóstico em África, contribuindo também com 427 milhões de euros para combater futuras pandemias no mundo.

O anúncio foi feito esta quinta-feira pela Comissão Europeia, que em comunicado dá conta da “intenção de aumentar o financiamento para acelerar o desenvolvimento e a administração de vacinas e outras ferramentas anticovid-19 em África, com um apoio adicional de 400 milhões de euros”.

No dia em que a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, participou numa cimeira global sobre a Covid-19, realizada virtualmente e coorganizada pelos Estados Unidos da América e que contou com o Senegal, que preside à União Africana, Bruxelas anuncia também “uma contribuição de 427 milhões de euros para o Fundo Global de Preparação de Pandemias, a fim de apoiar os esforços de prevenção e melhor resposta a futuras pandemias” no mundo.

Em fevereiro passado, a Comissão Europeia disse querer “uma África pronta a enfrentar não só a Covid-19”, como também outras doenças, anunciando uma ajuda financeira de 125 milhões de euros aos países africanos para vacinação, além dos 100 milhões anteriormente prometidos.

Ontem, ao divulgar o reforço das verbas, Ursula von der Leyen vincou que “o fornecimento de vacinas deve andar de mãos dadas com uma entrega rápida, especialmente em África”.

“A prioridade hoje em dia é garantir que cada dose disponível seja administrada. E porque sabemos que a melhor resposta a qualquer potencial crise sanitária futura é a prevenção, estamos também a intensificar o apoio para reforçar os sistemas de saúde e as capacidades de preparação”, adiantou Ursula von der Leyen.

O apoio financeiro para África ontem divulgado, no âmbito do programa Equipa Europa, divide-se em 300 milhões de euros de apoio à vacinação em África através das instalações da Covax e de outros parceiros e em 100 milhões de euros para acesso a meios de diagnóstico, terapêuticas e reforço dos sistemas de saúde.

Acresce um montante de 427 milhões de euros para o Fundo Global de Preparação de Pandemias, que irá mobilizar verbas para a preparação e resposta a pandemias, visando evitar o impacto da Covid-19 ao nível sanitário e socioeconómico no futuro.

A UE e os seus Estados-membros estão entre os maiores doadores de vacinas anticovid-19 aos países de baixo e médio rendimento.

Dados de Bruxelas revelam que, até 03 de maio passado, os países da UE tinham partilhado no total mais de 470 milhões de doses de vacinas Covid-19, das quais mais de 366 milhões já tinham sido entregues aos destinatários.

Também até essa data, o mecanismo de acesso mundial às vacinas contra a Covid-19, Covax, entregou 1.436 mil milhões de doses a 145 países.

E, no total, a UE exportou 2,2 mil milhões de doses para países parceiros.

Em termos de ajuda financeira, a UE e os seus Estados-membros já mobilizaram mais de mil milhões de euros para desenvolvimento de vacinas e outras ferramentas anticovid-19 em países de baixo e baixo rendimento.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Cientistas descobrem como o colesterol ‘mau’ atua no corpo

Cientistas descobriram como o colesterol ‘mau’, conhecido como colesterol das lipoproteínas de baixa densidade ou LDL-C, se acumula no organismo, uma descoberta que pode facilitar o desenvolvimento de tratamentos mais personalizados para as doenças cardiovasculares.

LIVRE questiona Primeiro-Ministro sobre a privatização do Serviço Nacional de Saúde

Durante o debate quinzenal na Assembleia da República, a deputada do LIVRE, Isabel Mendes Lopes, dirigiu questões ao Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, relativamente a declarações proferidas pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra d’Almeida, esta manhã, em Atenas, num evento da Organização Mundial de Saúde.

Julian Perelman analisa desafios e prioridades do sistema de saúde português”

O economista Julian Perelman, destacou, na apresentação do Relatório do Observatório da Fundação Nacional de Saúde, a necessidade de regressar aos fundamentos do sistema de saúde, focando-se na integração de cuidados e no alinhamento do financiamento com os objetivos de saúde pública.

MAIS LIDAS

Share This