Método Apollo permite tratar a obesidade sem cortes ou cicatrizes e recuperar mais rapidamente

20 de Maio 2022

A Clínica Cirúrgica de Carcavelos oferece um tratamento que permite a perda de peso de forma sustentada, ao longo do tempo, com curto período de internamento e uma rápida recuperação: o Método Apollo.

O Método Apollo consiste, explica Leonel Ricardo, médico gastrenterologista na Joaquim Chaves Saúde, “numa redução do estômago efetuada pela boca (por via endoscópica), sem cortes, cicatrizes ou amputações, favorecendo a rápida recuperação do doente”. Realizada pela equipa liderada pelo Dr. López-Nava, trata-se de “uma gastroplastia realizada com recurso a um endoscópio, através da boca, em sala cirúrgica, sob anestesia geral e consiste numa redução de cerca de 70% da capacidade do estômago, através da realização de suturas na cavidade gástrica”. Uma redução que “permite induzir uma saciedade precoce e um maior controlo do apetite”, de forma “segura e minimamente invasiva, com baixos índices de dor e de infeção, com total ausência de cicatrizes externas e que permite um regresso ao dia a dia em 24 horas após a intervenção”.

Com este procedimento, “não só é possível reduzir a pressão arterial e os níveis de colesterol, mas também a dor muscular, controlar a diabetes ou a apneia do sono, aumentando também a autoestima”. Destinada “primariamente a doentes com obesidade grau I ou II, que apresentem um Índice de Massa Corporal entre 30 e 40 kg/m², esta técnica pode estar também indicada nas formas mais graves de doença ou inclusivamente a doentes previamente submetidos a outras terapêuticas de tratamento da obesidade”.

Leonel Ricardo reforça que a obesidade “tem um forte impacto na qualidade de vida dos doentes, constituindo um risco aumentado de surgimento ou desenvolvimento de outras patologias, estando associada a mais de 200 comorbilidades e 13 tipos de cancro”. A estes riscos juntam-se as dificuldades que os doentes obesos enfrentam “do ponto de vista pessoal e profissional, nomeadamente com maior absentismo laboral e perda de produtividade precoce”, pelo que o tratamento, que “tem um forte impacto nas doenças cardiovasculares, metabólicas, neoplásicas, osteoarticulares e claros benefícios ao nível da saúde mental”, é muito importante.

Mais ainda, acrescenta o médico, “o surgimento de técnicas endoscópicas, menos invasivas, permitem-nos atuar de forma precoce, evitando o desenvolvimento das formas mais graves de obesidade, de forma simples e segura, com o apoio de uma equipa multidisciplinar que acompanhará todo o processo de perda de peso”. Técnicas que “permitem alcançar um maior número de pessoas não tratadas, expostas aos perigos do excesso de peso e da obesidade, permitindo a adaptação às necessidades de cada doente, de acordo com suas características físicas ou psicológicas”. “São métodos que não são apenas seguros, mas eficazes e individualizados.”

Considerada pela OMS a epidemia do século XXI, a obesidade continua a crescer em Portugal, onde os dados mais recentes mostram que mais de metade da população (53%) tem excesso de peso e 1,5 milhões são obesos. Um problema com custos elevados, não só ao nível da saúde, mas também económicos, a que é urgente dar resposta.

PR/HN/Rita Antunes

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Tempestade Cláudia obriga a medidas de precaução na Madeira

A depressão Cláudia, estacionária a sudoeste das ilhas britânicas, vai afetar o arquipélago da Madeira com ventos fortes, aguaceiros e agitação marítima significativa. As autoridades regionais de Proteção Civil emitiram recomendações para minimizar riscos, incluindo a desobstrução de sistemas de drenagem e evitar zonas costeiras e arborizadas

Carina de Sousa Raposo: “Tratar a dor é investir em dignidade humana, produtividade e economia social”

No Dia Nacional de Luta contra a Dor, a Health News conversou em exclusivo com Carina de Sousa Raposo, do Comité Executivo da SIP PT. Com 37% da população adulta a viver com dor crónica, o balanço do seu reconhecimento em Portugal é ambíguo: fomos pioneiros, mas a resposta atual permanece fragmentada. A campanha “Juntos pela Mudança” exige um Plano Nacional com metas, financiamento e uma visão interministerial. O principal obstáculo? A invisibilidade institucional da dor. Tratá-la é investir em dignidade humana, produtividade e economia social

Genéricos Facilitam Acesso e Economizam 62 Milhões ao SNS em 2025

A utilização de medicamentos genéricos orais para o tratamento da diabetes permitiu uma poupança de 1,4 mil milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos últimos 15 anos. Só em 2025, a poupança ultrapassou os 62 milhões de euros, segundo dados divulgados pela Associação Portuguesa de Medicamentos pela Equidade em Saúde (Equalmed) no Dia Mundial da Diabetes.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights