Monkeypox: OMS elimina distinção entre países endémicos e não endémicos

18 de Junho 2022

A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu suprimir das suas estatísticas a separação entre países endémicos e não endémicos quanto ao vírus do 'monkeypox', foi hoje anunciado.

“Suprimimos a distinção entre os países endémicos e os países não endémicos, e apresentamos os países todos juntos quando for possível, de forma a refletir a resposta unificada que é necessária”, indicou a OMS no seu boletim de sexta-feira, enviado hoje à comunicação social.

O documento, hoje citado pela agência France-Presse, indica que desde o início do ano a até 15 de junho há “um total de 2.103 casos confirmados, um caso provável e uma morte” que foram assinalados pela OMS em 42 países.

No dia 23 de junho, a organização sediada em Genebra vai avaliar se o surto atual representa uma “urgência de saúde pública de dimensão internacional”, o seu nível mais alto de alerta.

A região europeia está no centro da propagação do vírus, com 1.773 casos confirmados, 84% do total mundial.

Os casos do vírus ‘monkeypox’ em zonas onde a doença não é endémica superam os 2.000 em 36 países, segundo a OMS, numa catalogação feita ainda com a separação que hoje se suprime.

Segundo o documento citado pela agência Efe, os países com mais casos confirmados são o Reino Unido (524 contágios), Espanha (313), Alemanha (263), Portugal (241), Canadá (159) e França (125), sendo a Europa a região mais afetada, com 26 países com casos positivos.

Na América, além dos casos registados no Canadá, confirmam-se 72 nos Estados Unidos, cinco no México e Brasil, três na Argentina e um na Venezuela.

Quanto à África central e ocidental, de onde a doença é endémica, este ano já se confirmaram 64 contágios, ainda que se tenham registado mais de 1.400 casos suspeitos.

A OMS mantém o nível de risco “moderado” perante o surto, por ser a primeira vez que se dão focos de contágio em países não endémicos, e muito distantes entre si.

A organização com sede em Genebra liga o atual surto a contactos sexuais entre homens, ainda que, em princípio, não se trate de uma doença sexualmente transmissiva, mas sim transmitida por contacto físico próximo.

Relativamente ao surto, a OMS mantém a sua recomendação de não adotar restrições a viagens, ainda que aconselhe que se evitem deslocações a quem revele sintomas ligados à doença.

R/HN/LUSA

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Risco de AVC é duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) reforçou esta quinta-feira a importância de controlar a diabetes para reduzir o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A APDP alerta que o risco de acidente vascular cerebral é duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.

Dia Mundial da Tuberculose

Bárbara Seabra, Interlocutora Hospitalar do Programa Nacional para a Tuberculose, Coordenadora do CDP de Matosinhos

Ispa promove estudo sobre incontinência urinária na mulher

O William James Center for Research do Ispa – Instituto Universitário apresenta um estudo com o tema “Crenças e estratégias sobre a incontinência urinária (IU): um possível papel moderador entre sintomas e função sexual e qualidade de vida”, que permitiu identificar benefícios se o tratamento tiver abordagem multidisciplinar entre médicos da especialidade e psicólogos.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights