Reitor da U. Porto quer investir 100 milhões de euros durante segundo mandato de quatro anos

22 de Junho 2022

O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, que esta quarta-feira toma posse para um segundo mandato de quatro anos, pretende investir cerca de 100 milhões de euros na requalificação e construção de infraestruturas para estudar e viver.

António de Sousa Pereira foi reeleito reitor da Universidade do Porto (U. Porto) a 06 de maio para um segundo mandato de quatro anos, com 13 dos 23 votos dos membros do Conselho Geral.

Na cerimónia de tomada de posse, que se realiza hoje pelas 11:00 no Salão Nobre da Reitoria, o reitor vai dar a conhecer os novos “investimentos e projetos” para a instituição, onde serão investidos cerca de 100 milhões de euros em infraestruturas, adiantou à Lusa a U. Porto.

Em causa está a requalificação de alguns espaços da universidade e a construção de outros, nomeadamente, novos espaços para “estudar e investigar”, mas também novos alojamentos e espaços dedicados à cultura e arte.

Entre os projetos, destacam-se a expansão da Faculdade de Belas Artes e da Faculdade de Desporto, mas também a construção de mais três edifícios na Faculdade de Engenharia.

A requalificação da Faculdade de Medicina no edifício partilhado com o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), a reconstrução do Aquário da Foz e a conclusão do novo Estádio Universitário são também alguns dos projetos prioritários para os próximos quatro anos.

A par do investimento nas unidades orgânicas da U. Porto, António de Sousa Pereira pretende criar novas residências universitárias, sendo que esta aposta vai permitir “quase duplicar a oferta de camas da universidade”.

A aposta em novas residências universitárias está a ser desenvolvida em articulação com algumas autarquias do distrito, como é o caso da Câmara do Porto, com quem a U. Porto irá submeter duas candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de uma residência no Monte Pedral, com 200 camas, e outra no Morro da Sé, também com cerca de 200 camas.

Além destes alojamentos e da residência universitária situada no centro histórico sob a gestão da Federação Académica do Porto (FAP), que terá 20 quartos, a U. Porto tem previstas mais candidaturas ao PRR, adiantou em março à Lusa António de Sousa Pereira aquando do 111.º aniversário da U. Porto.

Uma das candidaturas destina-se à reabilitação de camas já existentes em diferentes residências espalhadas pela cidade, e outras duas serão “exclusivas” da U. Porto para a construção de uma residência universitária na Rua Boa Hora, com cerca de 250 quartos, e para a construção de uma residência na Asprela, com cerca de 150 quartos.

Outro dos objetivos do reitor para este segundo mandato passa pela instalação do Centro de Investigação para a Saúde Humana e Animal no concelho da Maia, bem como o novo campus a ser desenvolvido na antiga refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, e cujo valor não está incluído nos cerca de 100 milhões de euros a investir.

Na cerimónia de tomada de posse, será também apresentada a equipa reitoral, composta por vice-reitores e pró-reitores, de acordo com os pelouros e áreas de ação atribuídas. A equipa é composta por José Castro Lopes, Fátima Vieira, Pedro Rodrigues, Ana Camanho, Pedro Alves Costa, Maria Joana Carvalho, Joana Resende, Sónia Valente Rodrigues, Olívia Pestana, Pedro Brandão e Mário Pimentel.

Na sessão vão marcar presença o presidente do Conselho Geral da U.Porto, Fernando Freire de Sousa, o presidente do Conselho de Curadores da U.Porto, Luís Braga da Cruz, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e vários membros de instituições do país e da região.

LUSA/HN

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