App “SunSmart Global UV” protege contra os perigos do sol e promove a saúde pública

26 de Junho 2022

Uma nova aplicação para telemóveis que fornece informação localizada sobre os níveis de radiação ultravioleta foi lançada pela Organização Mundial da Saúde, a Organização Meteorológica Mundial, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente e a Organização Internacional do Trabalho.

A aplicação SunSmart Global UV fornece previsões de UV e meteorológicas de cinco dias em locais pesquisáveis, destacando os horários em que é necessária proteção solar, com o objetivo de ajudar as pessoas de todo o mundo a saberem quando usar proteção solar, num esforço para reduzir a carga global de cancro de pele e danos oculares relacionados com os raios UV.

A app, disponível gratuitamente tanto nas lojas Apple App como nas lojas Google Play, fornece opções personalizadas para que os utilizadores possam tomar medidas de proteção à exposição prolongada e excessiva aos raios UV, uma das principais causas do cancro de pele e de outras doenças relacionadas com os raios UV. Preparada para incluir fluxos de dados nacionais e locais e múltiplas línguas, está atualmente disponível em chinês, inglês, francês, russo, holandês e espanhol.

“As evidências científicas mostram que a sobre-exposição aos raios UV é a principal causa do cancro de pele. Portanto, é vital para as pessoas saberem quando e como se devem proteger”, disse Maria Neira, diretora do Departamento de Ambiente, Alterações Climáticas e Saúde da Organização Mundial da Saúde. “Encorajamos todos a usar a aplicação para se protegerem a si próprios e aos seus filhos, e a fazer disto um hábito diário”.

Globalmente, estima-se que foram diagnosticados em 2020 mais de 1,5 milhões de casos de cancro de pele (melanoma e não melanoma combinados). Durante o mesmo período, mais de 120 mil pessoas em todo o mundo perderam a vida devido a esta doença altamente evitável.

“O Protocolo de Montreal protege a camada de ozono estratosférica que, por sua vez, protege a saúde humana e o ambiente, bloqueando a maior parte da radiação ultravioleta nociva do sol de alcançar a superfície terrestre. O cancro da pele pode resultar da sobre-exposição ao sol, pelo que é imperativo que todos se mantenham vigilantes e garantam que se protegem adequadamente com chapéus e protetor solar. A aplicação SunSmart é uma ferramenta fantástica de monitorização UV e eu encorajaria todos a usá-la”, afirmou Meg Seki, secretária executiva do Secretariado do Ozono do Programa das Nações Unidas para o Ambiente.

Todas as pessoas precisam de receber sol, principalmente para a produção de vitamina D, que ajuda a prevenir o desenvolvimento de doenças ósseas como o raquitismo, osteomalacia e osteoporose. No entanto, demasiada exposição solar pode ser perigosa e até mesmo mortal.

A aplicação UV foi lançada para coincidir com o primeiro dia de verão no hemisfério norte. Ao aumentar a sensibilização do público e ajudar a reduzir a incidência do cancro de pele, esta iniciativa acaba por apoiar a realização do Objetivo 3 de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que visa assegurar vidas saudáveis e bem-estar em todo o mundo até 2030.

“Esta aplicação combina conhecimentos meteorológicos, ambientais e de saúde para ajudar a proteger as pessoas do sol, tanto no trabalho como nos seus tempos livres. É único porque utiliza dados de estações meteorológicas e de medição UV a nível nacional para fornecer leituras precisas e específicas do Índice UV”, comentou Petteri Tallas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial. “É um grande exemplo de ciência ao serviço da sociedade”.

Grande parte das doenças e mortes relacionadas com a radiação UV podem ser evitadas através de um conjunto de medidas de prevenção simples: limitar o tempo ao sol apenas até ao meio-dia; estar à sombra quando os raios UV são mais intensos; usar vestuário de proteção, chapéus e óculos de sol; e usar um protetor solar de largo espectro.

Proteger as crianças é particularmente importante. Exposição solar excessiva durante os primeiros anos de vida pode aumentar significativamente o risco de doenças relacionadas com os raios UV a longo prazo.

“Esta aplicação é útil para ajudar as empresas e os trabalhadores a identificar trabalhos perigosos e a planear medidas de segurança e saúde. A Conferência Internacional do Trabalho adotou uma Resolução a 10 de Junho que reconhece um ambiente de trabalho seguro e saudável como um novo Princípio Fundamental e Direito no Trabalho. Trata-se de um apelo global a esforços acrescidos para a prevenção de lesões e doenças relacionadas com o trabalho. Ferramentas como a SunSmart Global UV são um pequeno, mas útil contributo para este esforço”, referiu Vera Paquete-Perdigão, diretora do Departamento de Governação e Tripartismo da Organização Internacional do Trabalho.

A aplicação baseia-se no Índice UV, que descreve o nível de radiação solar UV na superfície da Terra. O Índice UV é relatado numa escala de 1 (ou “Baixo”) a 11 e superior (ou “Extremo”). Quanto maior for o valor do índice, maior é o potencial de danos para a pele e os olhos e menor o tempo necessário para a ocorrência de danos. O índice UV máximo é ao meio-dia solar, quando o sol está mais alto no céu. A adaptação das atividades ao ar livre e a utilização de proteção solar são recomendadas quando o Índice UV é 3 ou superior.

A aplicação procura trazer consistência mundial aos relatórios UV e às mensagens de saúde pública. Foi desenvolvida pelo Cancer Council Victoria e pela Australian Radiation Protection and Nuclear Safety Agency, ambos centros colaboradores da OMS na Austrália.

O Índice Global Solar UV foi desenvolvido conjuntamente pela Organização Mundial da Saúde, a Organização Meteorológica Mundial, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, a Comissão Internacional de Proteção contra as Radiações Não-Ionizantes e o Gabinete Federal Alemão de Proteção contra as Radiações para informar e alertar o público em geral sobre o potencial risco de saúde associado aos elevados níveis de radiação solar UV.

PR/HN/RA

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