Em comunicado, o sindicato refere que “os enfermeiros deste serviço estão a ser sujeitos a situações-limite, com a prestação de cuidados de saúde a acontecer, sem que as equipas estejam completas”. A falta de condições levou a que dez enfermeiros entregassem à administração do CHBV, ao Ministério da Saúde e à Ordem dos Enfermeiros a Declaração de Exclusão de Responsabilidades.
De acordo com Pedro Costa, citado na nota, a falta de enfermeiros coloca em risco a segurança dos doentes. Em caso de encerramento deste serviço no hospital de Aveiro, “as grávidas têm de ser transferidas, sempre acompanhadas por um enfermeiro especialista em Obstetrícia, para as unidades de Coimbra, Viseu ou Porto, o que deixa o atendimento do serviço completamente desprotegido”.
O presidente do SE garante que “já passou demasiado tempo, desde a aprovação do Orçamento de Estado para 2022, para que se continue a justificar a não contratação de mais enfermeiros para o SNS com a falta de verbas. No fundo, o Governo precisa de dar um sinal claro do que quer fazer com os enfermeiros, no sentido do reconhecimento das suas competências e no papel determinante que estes desempenham no SNS e se está disposto a criar condições para a melhoria das suas condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde”, adverte.
A entrega da Declaração de Exclusão de Responsabilidade por parte destes dez enfermeiros, é vista por Pedro Costa como “mais um grito de alerta de quem não tem sido ouvido”.
PR/HN/Vaishaly Camões
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