Menor risco de morte entre adultos que praticam 150 a 600 minutos de atividade física semanal

30 de Julho 2022

Uma análise de mais de 100.000 participantes, durante 30 anos, revelou que os adultos que realizam duas a quatro vezes mais atividade física do que o recomendado por semana têm menor risco de morte.

A redução foi de 21 a 23% para pessoas que praticavam duas a quatro vezes a quantidade de atividade física intensa recomendada e de 26 a 31% para aqueles que praticavam duas a quatro vezes a quantidade de atividade física moderada recomendada semanalmente.

O investigador Dong Hoon Lee explicou que “ainda não está claro se o envolvimento em altos níveis de atividade física prolongada, intensa ou moderada, acima dos níveis recomendados oferece benefícios adicionais ou efeitos prejudiciais à saúde cardiovascular”.

Os participantes eram maioritariamente do sexo feminismo (63%), e mais de 96% eram adultos brancos, com uma idade média de 66 anos e índice de massa corporal (IMC) médio de 26 kg/m2.

Os questionários, abertos ao público e atualizados e ampliados a cada dois anos, incluíam perguntas sobre saúde, doenças diagnosticadas, história familiar e hábitos, como tabagismo, consumo de álcool e exercício praticado. O último ponto foi relatado como o tempo médio gasto por semana, no ano anterior, em várias atividades físicas. A atividade moderada incluía caminhada, exercício de baixa intensidade, levantamento de peso e calistenia; a atividade intensa, jogging, corrida, natação, ciclismo e outros exercícios aeróbicos.

O estudo descobriu que os adultos que realizaram o dobro do recomendado tiveram o menor risco de mortalidade a longo prazo.

Além disso, não foram reportados efeitos prejudiciais à saúde cardiovascular entre os adultos que superavam os níveis mínimos recomendados em mais de quatro vezes. Porém, estudos anteriores encontraram evidências de que exercícios de longa duração e alta intensidade podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares adversos, incluindo morte súbita cardíaca. Segundo Lee, esta descoberta pode reduzir estas preocupações.

No entanto, quando a atividade física de longa duração e alta intensidade (≥300 minutos/semana) e a atividade física de intensidade moderada (≥600 minutos/semana) mais do que quadruplicaram em relação ao mínimo recomendado, não se detetou redução adicional no risco de morte.

O investigador também observou que as pessoas que realizam menos de 75 minutos de atividade intensa ou menos de 150 minutos de atividade moderada por semana podem ter maiores benefícios na redução da mortalidade realizando consistentemente aproximadamente 75-150 minutos de atividade intensa ou 150-300 minutos de exercício moderado, ou uma combinação equivalente de ambos, a longo prazo.

AlphaGalileo/HN/RA

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