Comunicação em Saúde e Educação em Ciências da Saúde: um curso de especialização “mobilizador de vários públicos”

29 de Setembro 2022

O Curso de Especialização em Comunicação em Saúde e Educação em Ciências da Saúde, da Universidade de Lisboa, tem um programa “mobilizador de vários públicos, prevendo reunir diferentes níveis de formação, desde social e política à ciência e saúde”.

“Trata-se de um curso de especialização com um programa inovador”, com o apoio da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, do Centro Académico de Medicina de Lisboa e do Instituto de Formação Avançada.

De acordo com o documento enviado ao HealthNews, “pretende-se o enriquecimento dos formandos nos domínios da comunicação em saúde com as diferentes ciências da saúde, interligando as áreas curriculares sempre à da comunicação em saúde, destacando evidência científica com comunicação e saúde pública, ou neurociências e comunicação, comunicação institucional da saúde ou mesmo empreendedorismo na comunicação em saúde”.

O diretor do Instituto de Formação Avançada (IFA) disse ao HealthNews que o curso “vem na sequência das atividades realizadas pela Prof. Isabel de Santiago na Faculdade de Medicina, na área da comunicação em saúde, e da constatação da enorme lacuna de formação nesta área, não apenas por parte dos profissionais de saúde, mas também dos profissionais da comunicação”. Para Joaquim Ferreira, “uma das mais óbvias aprendizagens desta pandemia é a enorme necessidade de formação em comunicação em ciência (com particular relevância para a área da saúde) por parte de profissionais de múltiplas áreas”.

Coordenado por Isabel de Santiago e Ana Abreu, e com João Eurico da Fonseca, José Pereira Miguel, João Parracho da Costa, Cristina Bárbara, Ana Paula Martins e Isabel de Santiago na comissão científica, o curso selecionou “metodologias inovadoras e empreendedoras nos domínios da saúde e ciências sociais aplicadas à saúde”, lê-se no mesmo documento.

Os destinatários são os titulares do grau de licenciado ou de mestre em Medicina, Enfermagem, Biologia, Farmácia e Comunicação Social, ou os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional adequado para a realização deste ciclo de estudos. Os titulares de graus universitários estrangeiros cujo currículo demonstre uma adequada preparação de base também poderão frequentar o curso.

“Esta é uma oportunidade única para os alunos fazerem formação nos aspetos formais da comunicação em saúde, mas também para poderem partilhar de momentos de discussão e reflexão com um corpo docente de elevada competência nos múltiplos domínios clínicos, de comunicação e sociais abordados”, sublinhou Joaquim Ferreira.

Com vista à obtenção do diploma do curso de especialização, os alunos deverão produzir um projeto científico para implementação, sendo que a participação será também critério de avaliação, nesta formação em horário pós-laboral instalada na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Joaquim Ferreira afirmou que esta “é claramente uma área órfã nos programas curriculares médicos”. “Por outro lado, há também uma notória falta de profissionais de comunicação com uma formação específica na área da saúde. Só muito recentemente estas competências, ditas transversais, têm ganho a relevância devida e têm sido incorporadas nos programas curriculares académicos”, acrescentou.

Por último, questionado sobre a estratégia do IFA, o diretor comentou: “O Instituto de Formação Avançada tem por objetivo disponibilizar programas de formação pós-graduada nas múltiplas áreas de competência existentes na Faculdade de Medicina. Estes temas vão desde as áreas de investigação fundamental até cursos de índole mais clínica com uma vertente mais profissionalizante. Desta forma, contamos cada vez mais conseguir fazer a ponte entre as necessidades de formação existentes e as capacidades da Faculdade de Medicina e do Centro Académico, para responder de forma competente a esses desafios”.

HN/Rita Antunes

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