Ministro da Saúde diz que portugueses podem sentir-se seguros

28 de Outubro 2022

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou que os casos de internamento e de mortes devido à covid-19 são “fatores de atenção”, mas assegurou que neste momento “não há nenhuma razão” para que os portugueses se sintam inseguros.

“Há motivos de atenção, mas não de preocupação”, afirmou Manuel Pizarro, quando questionado à margem da conferência “Saúde: Novos Caminhos, um Desígnio Comum”, em Lisboa, sobre o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países se prepararem para o aumento de infeções e hospitalizações devido à covid-19.

Manuel Pizarro disse que há indicação que está a haver um maior aumento da incidência da covid-19 em vários países mas, afirmou,”não parece haver mais gravidade”.

“Não parece que esta nova variante se traduza numa doença mais grave nem parece que esta nova variante consiga escapar ao efeito da vacina, o que quer dizer que a prioridade continua a ser a mesma prioridade que temos até hoje, que é fazer com que as pessoas se vacinem”, disse o governante.

Desse ponto de vista, sublinhou, “felizmente as coisas estão a correr bastante bem”, aludindo à campanha de vacinação que está a decorrer contra a covid-19 e contra a gripe.

O ministro da Saúde destacou, a este propósito, que mais de 1,6 milhões de portugueses já se vacinaram contra a gripe.

Adiantou ainda que 1,5 milhões de portugueses já se vacinaram contra a covid-19 “em todas, ou praticamente todas, as unidades residenciais para pessoas idosas e unidades da rede Cuidados Continuados”.

Segundo o ministro, as pessoas que ainda não foram vacinadas nestes locais “é apenas porque não há indicação clínica”.

No seu entender, estes dados indicam que estão a fazer “aquilo que é essencial” para prevenir a doença, que “é continuar a usar a vacina”.

Questionado sobre se o aumento de casos, de internamentos e mortos com a aproximação do Inverno gera preocupação, Manuel Pizarro insistiu que “são fatores de atenção”, realçando que o número de internamentos em enfermaria geral e em cuidados intensivos e os números da mortalidade são praticamente idênticos nas últimas semanas em Portugal.

“Acho que o que posso dizer com garantia é que não houve nenhuma mudança notável depois de termos decidido, do meu ponto de vista de forma muito adequada, e com toda a base técnica e científica, interromper o estado de alerta”, vincou o governante.

Ressalvou, contudo, que é uma situação que tem que ser acompanhada diariamente.

“Como dissemos na altura, esta situação epidemiológica, como qualquer situação que tenha um risco de gravidade do ponto de vista da saúde pública, tem que ser acompanhada dia a dia, de forma a que os portugueses se possam continuar a sentir seguros e, neste momento, não há nenhuma razão para que não se sintam seguros”, rematou Manuel Pizarro.

A OMS advertiu na terça-feira que a Europa registou 1,4 milhões de infeções e 3.250 mortes na última semana, um novo aumento da covid-19 que obriga os países a preparem-se para um crescimento de casos e hospitalizações.

Para responder a este aumento de pressão sobre os serviços de saúde, a OMS avançou com cinco “estabilizadores pandémicos”, medidas que considera críticas para proteger a população europeia nos próximos meses.

Entre estas medidas estão o aumento da vacinação da população em geral e a administração de uma segunda dose de reforço a pessoas imunocomprometidas a partir dos cinco anos e aos seus contactos próximos.

Além disso, a OMS recomenda o uso de máscaras no interior e nos transportes públicos, a ventilação de espaços públicos e lotados, como escolas, escritórios e transportes públicos, e a aplicação de protocolos terapêuticos rigorosos para pessoas em risco de doença grave.

LUSA/HN

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