Cancro do pulmão: #AgirAntesdeSentir é a nova campanha da Pulmonale

5 de Novembro 2022

#AgirAntesdeSentir é o nome da campanha de sensibilização que a Pulmonale (Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão) promove durante o mês de novembro para alertar para a necessidade da implementação de um rastreio, para deteção precoce do cancro do pulmão.

A campanha digital #AgirAntesdeSentir (https://www.agirantesdesentir.pt/) decorre até 30 de novembro, em vários suportes, e conta ainda com o evento “Agir antes de sentir”, a 19 de novembro, no World Of Wine (Porto). Neste encontro, onde serão discutidos os próximos passos para o combate ao cancro do pulmão, estarão presentes diversas personalidades ligadas à causa.

Segundo a Pulmonale, o cancro do pulmão é o cancro que causa mais mortes na Europa. Em Portugal, e só em 2020, 5.415 portugueses foram diagnosticados com cancro do pulmão, tendo-se registado 4.797 mortes. Isto significa que, diariamente, 12 portugueses são diagnosticados com cancro do pulmão e 11 morrem pela doença.

O cancro do pulmão continua a demonstrar uma taxa de sobrevivência muito baixa, sendo a probabilidade de sobreviver de apenas 15% cinco anos após diagnóstico.

A eficácia dos tratamentos atuais para estadios avançados da doença é ainda reduzida e, por isso, o diagnóstico precoce continua a ser o método mais eficaz na redução da mortalidade. Em 2022, e dado os benefícios deste rastreio, a Comissão Europeia passou a recomendar a sua realização a todos os cidadãos com 50-75 anos, fumadores ou ex-fumadores.

O estudo NELSON, o maior estudo a nível europeu, demonstrou os benefícios e segurança do uso de exames de tomografia computorizada (TC) de baixa-dose no rastreio de cancro do pulmão, tendo-se verificado uma redução de mais de 24% do risco de morte.

Sobre o tema da campanha, Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale, afirma: “Um diagnóstico precoce é imprescindível, para o aumento do tempo e qualidade de vida de um doente de cancro do pulmão. Na Pulmonale estamos seguros de que a implementação de um rastreio nos levará a esse objetivo.”

Fernanda Estevinho, oncologista do Hospital Pedro Hispano, refere: “Os dois grandes estudos publicados, NLST e NELSON, demonstraram que o rastreio do cancro do pulmão reduz a mortalidade em mais de 20%, além de aumentar a quantidade de diagnósticos precoces, que permitem o tratamento mais radical. É um grande avanço para a nossa sociedade.”

O professor António Araújo, ex-presidente da Pulmonale e atual diretor de oncologia do Hospital de Santo António, considera que o rastreio “é uma das armas mais eficazes, em paralelo com a diminuição do consumo de tabaco, para diminuirmos o número de mortes por cancro do pulmão”.

PR/HN/RA

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