Segundo o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), o Hospital do Litoral Alentejano está com constrangimentos no Serviço de Urgência, na especialidade Cirurgia, pelo que não é possível continuar a receber doentes.
O hospital público de Santiago do Cacém junta-se assim aos outros hospitais do distrito de Setúbal – Almada, Barreiro e Setúbal – que também estão a solicitar o reencaminhamento de doentes de algumas especialidades para outras unidades hospitalares.
O Hospital de São Bernardo, em Setúbal, que já tem a Unidade de Urgência Pediátrica encerrada até à próxima segunda-feira por falta de médicos, também alertou hoje para constrangimentos na Obstetrícia e na Ortopedia.
De acordo com a informação transmitida às corporações de bombeiros, o Serviço de Obstetrícia do Hospital de São Bernardo, que está integrado no Centro Hospitalar de Setúbal, também está com constrangimentos, pelo que não irá receber doentes das 09:00 às 21:00 de sexta-feira.
O Serviço de Ortopedia/Traumatologia do hospital de Setúbal também não recebe doentes até às 08:00 de sexta-feira.
Nos últimos dias, nos hospitais públicos Garcia de Orta, em Almada, e Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, também se verificaram vários pedidos de reencaminhamento de doentes para outras unidades hospitalares, devido à insuficiência de meios para responder à procura em diversas áreas.
Na terça-feira, numa tomada de posição conjunta após ser conhecido o encerramento da Unidade de Urgência Pediátrica do Hospital de São Bernardo durante uma semana, até à próxima segunda-feira, os presidentes das câmaras de Palmela, Sesimbra e Setúbal, todos de maioria CDU, exigiram que o Governo encontre “soluções urgentes”, para que os utentes dos hospitais da região possam ter acesso aos cuidados de saúde.
Os autarcas dos três municípios da Arrábida também manifestaram “estranheza” pela demora na concretização das obras de ampliação do Hospital de São Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal.
“As populações dos concelhos de Sesimbra, Setúbal e Palmela, e as restantes populações servidas por este centro hospitalar, não podem continuar a ser prejudicadas por repetidos encerramentos destes serviços de urgência”, sustentam os presidentes de câmara, que também solicitaram uma reunião urgente ao ministro da Saúde.
LUSA/HN
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