A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH) “nada tem a obstar em relação à criação de qualquer Especialidade Médica, nomeadamente em relação às que não impactam diretamente com os cuidados médicos fora do hospital”, informa o comunicado de imprensa.
No entanto, a SPEPH lamenta não ter sido considerada na matéria em apreço, considerando-o “demostrativo de pouca transparência no processo, desinteresse no envolvimento de outras entidades, afastando claramente o debate democrático e defesa dos pacientes e dos serviços”.
Frisando que as suas preocupações em relação aos serviços médicos de urgência “têm vindo a aumentar”, a SPEPH recorda que o sucesso de um profissional de saúde no hospital “depende e muito do trabalho que é feito na rua”, e destaca a relevância da educação em paramedicina das equipas das ambulâncias, sem as quais “não há especialidade hospitalar que produza prodígios”.
“Ainda assim, importa não confundir a intervenção em situações de exceção (fora do hospital), sendo que estas se regem por Leis próprias de Proteção Civil”, sendo que o médico “é um Agente de Proteção Civil” que “irá operar sob o comando de um Comandante de Operações e Socorro”.
A SPEPH teme que o paradigma dos serviços de urgência se mantenha. Nos Serviços Médicos de Emergência (pré-hospitalar), “nada foi promovido que se afigure verdadeiramente inovador”, acrescenta o comunicado.
Por último, defende-se que o técnico de emergência médica e o paramédico “são ímpares a fazer a diferença”.
PR/HN/RA
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