OMS alerta para insuficiência na cobertura dos cuidados da saúde da visão

13 de Dezembro 2022

O relatório global sobre equidade em saúde para pessoas com deficiência, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), alerta para as lacunas na cobertura dos cuidados da saúde da visão em Portugal.

Esta análise global à equidade no acesso aos cuidados de saúde para pessoas com deficiência demonstra que, apesar de alguns progressos nos últimos anos, o mundo ainda está longe de concretizar esse direito para muitas pessoas com deficiência que continuam com menor qualidade de vida.

A Organização Mundial de Saúde sugere que os Governos, através dos Ministérios da Saúde, em coordenação com os demais sectores da administração pública, devem assumir a responsabilidade no combate às desigualdades existentes na saúde, afirmando taxativamente que “esta obrigação é uma lei internacional dos direitos humanos”.

Em Portugal, no caso concreto da saúde da visão, a Associação de Profissionais Licenciados de Optometria relembra o contributo da atividade dos optometristas nos cuidados primários para a saúde da visão e sublinha a disponibilidade dos optometristas.

“Em Portugal, assim como no mundo, a deficiência visual é a maior causa de deficiência e incapacidade. O papel dos Optometristas antes, durante e depois da pandemia por COVID19 evidencia o enorme benefício destes profissionais de saúde ao serviço dos cuidados para a saúde da visão e da população” afirma Raúl de Sousa, presidente da APLO, citado em comunicado.

A recente iniciativa Saúde da Visão nos Sistemas de Saúde da OMS mostra de que forma é possível alargar a cobertura dos cuidados da saúde da visão.

Os optometristas constituem a classe mais numerosa de prestadores de cuidados para a saúde da visão em Portugal, realizam dois milhões de consultas por ano e são responsáveis por mais de 70% das prescrições para óculos e lentes de contacto em Portugal.

PR/HN/RA

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