Governo da Madeira defende que região deve receber financiamento do Estado na saúde

2 de Janeiro 2023

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu esta segunda-feira que a região deve ser compensada pelos sobrecustos na saúde, criticando que o Estado não esteja a cumprir o que está consagrado na Constituição da República.

Falando na cerimónia de receção dos 79 jovens médicos internos que iniciam hoje a sua formação no Serviço Regional de Saúde (Sesaram), Miguel Albuquerque disse que, “neste momento, o Estado não tem qualquer responsabilidade nos gastos da saúde quer na Madeira, quer nos Açores”.

“O Estado não cumpre a Constituição nesta área. A transferência dos serviços de saúde e de educação não significa, no quadro constitucional, que o Estado fique isento de contribuir ou assegurar a realização do direito à saúde nas regiões autónomas”, afirmou, no Funchal.

Segundo o presidente do Governo Regional, o custo de cuidados de saúde por utente na Madeira é 34% superior em relação ao do continente, um “acréscimo de custos que nunca foi compensado”.

Miguel Albuquerque salientou, por isso, que “um dos grandes desafios” no âmbito da revisão da Lei das Finanças Regionais é definir uma forma de financiamento nesta área.

Para o chefe do executivo regional (PSD/CDS-PP), é necessário “avaliar rigorosamente esses 34% e depois negociar” uma forma de a Madeira ser compensada, “no quadro da Constituição”.

O Sesaram recebeu hoje 79 médicos internos, 40 de formação geral e 39 de formação especializada, numa cerimónia que contou também com a presença do secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, entre outras entidades.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Ligue Antes, Salve Vidas” na ULSAS: Seis Meses com Resultados Positivos

Seis meses após a implementação do “Ligue Antes, Salve Vidas” na Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal, mais de 116 mil contactos com o SNS24 resultaram numa redução significativa da afluência direta às urgências e num aumento do encaminhamento para cuidados primários.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights