Suécia vai exigir testes negativos a viajantes provenientes da China

5 de Janeiro 2023

As autoridades suecas vão exigir que os viajantes provenientes da China apresentem um teste negativo de covid-19, anunciou esta quinta-feira o Governo, na sequência de uma recomendação feita pela União Europeia (UE) aos Estados-membros.

A medida, que tem início no sábado e vai estar em vigor durante três semanas, abrange todos os viajantes maiores de 12 anos, independentemente de estarem ou não vacinados, mas não os cidadãos suecos ou com autorização de residência neste país ou noutro da UE.

“O objetivo é atrasar a eventual introdução de novas variantes do vírus e, assim, aumentar as possibilidades de adoção de medidas e reduzir o ónus para o setor de saúde”, explicou o ministro sueco de Assuntos Sociais, Jakob Forssmed, em conferência de imprensa hoje realizada.

Com a adoção desta medida, o Governo sueco segue a recomendação da Agência de Saúde Pública, que, há dois dias, manifestou o seu apoio à introdução de uma regra deste tipo, algo que países como a Itália, a Espanha e a Bélgica já fizeram, mas nenhum país nórdico tinha anunciado até agora.

O grupo de Resposta Integrada à Crise Política (IPCR) decidiu, numa reunião realizada na quarta-feira e na qual participaram instituições comunitárias e outros especialistas além dos Estados-membros, recomendar a apresentação de um teste negativo à covid-19 pelos viajantes provenientes da China.

As autoridades comunitárias também aconselham todos os passageiros de voos de e para a China a usar máscara facial de proteção e recomendou aos Estados-membros que testem aleatoriamente os passageiros à chegada.

A China está a enfrentar uma onda de contaminações sem precedentes desde o abandono abrupto, no início do mês, da chamada política de “covid zero”.

No entanto, o país anunciou o fim das quarentenas obrigatórias à chegada ao território a partir de 8 de janeiro e a retoma gradual das viagens de chineses ao estrangeiro, o que preocupa vários países.

Especialistas locais estimam que um total de 600 milhões de pessoas terá sido infetada com covid-19 na China, ao longo do último mês, o que equivale a 40% da população do país asiático, o mais populoso do mundo.

A Organização Mundial da Saúde está a avaliar o risco de uma nova variante do coronavírus que provoca a doença da covid-19, a subvariante XBB.1.5, que está a propagar-se rapidamente em vários países e pode ser mais transmissível.

A subvariante da variante Ómicron do SARS-CoV-2 resulta de uma recombinação de duas sublinhagens BA.2 e já foi detetada em 29 países, incluindo Estados Unidos, onde já representa cerca de 40% dos casos de covid-19.

Segundo o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos, esta subvariante “pode ser mais transmissível”, embora se desconheça ainda se terá efeitos “mais graves”.

A covid-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.

LUSA/HN

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