Portugal transplantou 814 órgãos em 2022 e atinge recorde no pulmão

20 de Janeiro 2023

Portugal transplantou 814 órgãos em 2022 e atingiu um novo recorde ao realizar 76 transplantes de pulmão, revelou esta sexta-feira o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

“Em 2022 foram transplantados 814 órgãos em Portugal [dos quais] 476 são transplantes de rim. É normal que assim seja, mas nós atingimos um recorde no transplante pulmonar. Fizemos 76 transplantes de pulmão, em Portugal, e esse é mesmo o maior número de sempre nesta área específica”, afirmou hoje o ministro, à margem das Jornadas Nacionais de Doação de Órgãos, que estão a decorrer em Coimbra.

Na sequência dos dois anos de pandemia provocada pela covid-19 – 2020 e 2021 -, em que os hospitais estavam “de tal forma pressionados” que esta atividade se reduziu um pouco, o ano de 2022 foi “um ano bom para a transplantação de órgãos em Portugal”.

“Somos um dos países que, em relação à população, mais transplanta no mundo”, lembrou o governante.

Manuel Pizarro referiu que tem a expectativa de que, nos próximos anos, seja possível, “aumentar o número de transplantes”.

O país está a recuperar da quebra provocada pela pandemia, mas ainda não atingiu os números de 2019.

“Espero que 2023 seja o ano em que vamos libertar-nos desta pandemia e recuperar plenamente a nossa capacidade de transplantação de órgãos”, frisou.

O ministro da Saúde confessou que ainda é necessário tornar o tema da transplantação “mais visível”, o que irá “potenciar mais a possibilidade haver maior doação de órgãos”.

“Com maior doação de órgãos, poderá haver mais transplantação de órgãos e mais transplantação de órgãos significa literalmente isto: mais vidas salvas e mais pessoas com muito melhor qualidade de vida”.

Manuel Pizarro, na sua intervenção em Coimbra, aproveitou para agradecer a todas as instituições e profissionais que no seu dia-a-dia constroem este “caso de sucesso que é a transplantação em Portugal”.

O governante manifestou ainda a sua total “solidariedade” para com as medidas “que sejam necessárias tomar, no plano legislativo, organizativo e financeiro para assegurar que esta atividade possa ainda crescer”.

LUSA/HN

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