No final de um fórum ‘online’ que marcou um ano de existência do programa da Polícia de Segurança Pública “Saúde em Segurança”, o coordenador do gabinete de segurança do Ministério Saúde, Sérgio Barata, avançou à Lusa que está planeada para este ano a distribuição do ‘manual de segurança do serviço de saúde’ entre os profissionais de saúde e elementos das forças de segurança.
“O manual vai ter orientações muito claras para toda a estrutura com contributos de todas as entidades”, como forças de segurança, Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, Direção-Geral da Saúde, gabinete de segurança, Ministério Público e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), disse aquele responsável que é oficial da PSP.
Segundo Sérgio Barata, trata-se de um guia prático sobre aquilo que tem de ser feito e dá a conhecer melhor o funcionamento do sistema.
“É um guia robusto para ajudar a reforçar em cada instituição as questões de prevenção da violência” contra os profissionais de saúde, frisou.
Além do manual de segurança, está também planeado para este ano um reforço da formação, disse à Lusa o coordenador do Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Para André Biscaia, esta formação é dirigida aos profissionais de saúde e terá a intervenção das forças de segurança, para “aumentar o sentimento de segurança”.
O responsável explicou que serão realizadas ações de formação sobre a importância de apresentar uma denúncia e sobre aspetos preventivos, nomeadamente como se deve organizar um gabinete e quais os circuitos de defesa.
André Biscaia disse ainda que a formação terá também informação sobre defesa pessoal básica e sobre comunicação, uma vez que muitos dos conflitos começam por alguns problemas de comunicação.
Dados do gabinete de segurança do Ministério Saúde, as situações de violência contra profissionais de saúde aumentaram 70% em 2022 face a 2021 ao se registarem 1.632 ocorrências
LUSA/HN
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