PCP defende urgência de construção de um novo hospital no Oeste

29 de Março 2023

O PCP considera urgente a construção de um novo hospital para o Oeste, considerando inaceitável que a falta de acordo dos municípios sobre a sua localização sirva de justificação para o adiamento da respetiva construção

O PCP considera urgente a construção de um novo hospital para o Oeste, considerando inaceitável que a falta de acordo dos municípios sobre a sua localização sirva de justificação para o adiamento da respetiva construção.

Num comunicado conjunto, as Direções da Organização Regional (DORL) de Lisboa e de Leiria do PCP defendem que “a construção de um novo hospital na região Oeste é uma urgência das populações”, criticando que, num “processo que se arrasta há décadas”, os governos PS e PSD nunca tenham assumido, “de facto, o objetivo da construção” da referida unidade.

“A não inscrição deste objetivo nos diferentes planos de investimento público por parte de sucessivos governos comprova-o”, afirma o PCP no comunicado.

O partido relembra que, aquando da discussão do Orçamento do Estado para 2023, propôs um Plano Plurianual de Investimentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com atribuição de 8.000.000 euros para a elaboração do programa e dos projetos de execução do novo hospital do Oeste, cujo investimento total se estima na ordem de 172.000.000 euros.

O PCP propôs ainda a requalificação e modernização das instalações dos Hospitais de Peniche, Caldas da Rainha e Torres Vedras (as três unidades que integram o Centro Hospitalar do Oeste – CHO), com a atribuição de 10.000.000 euros, num investimento total estimado em 120.000.000 euros, propostas chumbadas com os votos contra do PS e do Chega.

Numa altura em que os municípios das Caldas da Rainha e de Óbidos (no distrito de Leiria) defendem a construção do novo hospital na confluência destes dois concelhos e a maioria dos autarcas da região defendem a construção no Bombarral, o PCP considera inaceitável que “as diferentes posições dos municípios sobre esta matéria sirvam de justificação para o contínuo adiamento” da decisão que deve ser “da exclusiva responsabilidade do Ministério da Saúde”.

Sem se pronunciar sobre a localização, o PCP defende a urgente entrada em funcionamento de “uma unidade com mais de 400 camas, que alargue as especialidades ou valências existentes e garanta capacidade de internamento hoje não existente para várias especialidades”.

Só assim, no entender do PCP, “se poderá inverter a perda de resposta efetiva do CHO, que hoje responderá a apenas cerca de 55% das necessidades hospitalares da população asseguradas pelo SNS”.

Para os comunistas, a construção do novo hospital deve ser acompanhada pela intervenção urgente nas três unidades do CHO, quer ao nível dos edifícios quer em novos equipamentos e na contratação de profissionais.

A existência de um novo hospital “não se desliga da necessidade de atrair e fixar médicos, enfermeiros, técnicos e outros trabalhadores para o seu correto funcionamento, o que exige medidas de fundo, designadamente a valorização dos salários, das carreiras e profissões, pode ler-se no comunicado.

O PCP rejeita ainda que a futura unidade venha a ser uma Parceria Pública Privada (PPP) e defende que, em alternativa, deve garantir “um modelo de gestão pública, com autonomia e a participação de profissionais e utentes, em vez de mais uma negociata para favorecer os grupos económicos do negócio da saúde”.

O partido, que promete continuar a exigir o novo hospital, conclui apelando à mobilização das populações, dos utentes e dos profissionais do setor para lutar por esse objetivo.

NR/HN/Lusa

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