Tuberculose está a aumentar em zonas de conflito

9 de Maio 2023

A tuberculose está a aumentar em zonas de conflito, como Sudão e Ucrânia, e mata mais do que a Covid-19 ou o HIV, alertou a diretora da parceria da ONU para o fim da tuberculose, a 'Stop TB'.

A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo, tirando diariamente a vida de cerca de 4.400 pessoas, incluindo 700 crianças, disse a diretora executiva da Parceria Stop TB, Lucica Ditiu, que prepara abordar o tema na reunião anual de líderes mundiais na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no final de setembro.

Entre os problemas, destacou Lucica Ditiu, está o elevado número de casos de tuberculose em zonas de conflito, incluindo na Ucrânia e Sudão, onde disse ser difícil rastrear pessoas com a doença e diagnosticar novos portadores.

Antes da Covid-19, que é transmitido pelo ar tal como a tuberculose, “não víamos casos muito dramáticos de tuberculose”, explicou, “mas depois da Covid-19 vemos um tipo de tuberculose que vimos em … filmes em que as pessoas cospem sangue e estão muito fracas, e assim por diante”

Lucica Ditiu disse que o impacto económico da Covid-19 e dos conflitos, principalmente na Ucrânia, mas agora também no Sudão, está a ter “um enorme impacto” nos esforços para tratar pessoas com tuberculose e diagnosticar novos casos.

A Ucrânia tem o maior número estimado de pessoas com tuberculose na região europeia – 34.000 – e também um número alto de tuberculose resistente a medicamentos, disse em conferência de imprensa na semana passada.

“É notável o fato de que o povo ucraniano está realmente a mostrar uma resiliência incrível ao fazer o possível para manter os serviços de tuberculose”, disse Lucica Ditiu.

No entanto, adiantou, grandes esforços foram feitos para rastrear os portadores da doença, mas a maior preocupação é saber se na Ucrânia há acesso ao tratamento da tuberculose.

LUSA/HN

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