“Vamos tentar minimizar este dano”, declarou a responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI) na sessão plenária do Fórum Internacional de Astana, que se realiza entre hoje e amanhã na capital Cazaquistão.
Georgieva expressou preocupação com a atual situação económica global, salientando que se vive “tempos incertos” em que “a produtividade ainda não está a crescer rapidamente o suficiente, os indicadores de pobreza e fome estão a aumentar” e todos agem “imprudentemente”.
“Esfriamos uma economia que não é muito ‘quente’ por si só. Permitimos que forças fragmentadas provoquem danos e impeçam que milhões de pessoas melhorem as suas condições de vida e suas possibilidades económicas”, alertou.
Segundo a diretora-geral do FMI, a instituição que dirige “fez um grande trabalho para avaliar a gravidade dos danos provocados por essa fragmentação e quão grandes podem ser” e obteve “resultados chocantes”.
“Se permitirmos que o comércio se divida em blocos separados, se não tomarmos medidas de proteção e garantias, o mundo pode sofrer perdas de até 7% do PIB [Produto Interno Bruto] global. Isso é aproximadamente comparável ao PIB da Alemanha e do Japão. É como se não existisse”, disse.
Georgieva acrescentou ainda que, se caso seja considerado que os investimentos estrangeiros diretos hoje estão cada vez mais a aderir aos princípios de alianças políticas e não à lógica económica, então essas perdas podem crescer mais 2%.
Defendeu ainda ser “necessária uma maior integração que reflita também as tarefas estratégicas nacionais” ao mesmo tempo que se faça de forma mais eficaz para defender os interesses dos cidadãos.
Nesse caso, comentou, seria possível minimizar a fragmentação dos mercados globais e reduzir as perdas em até 0,2% do PIB mundial, segundo cálculos do FMI.
LUSA/HN
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